Opinião: Illuminae | Amie Kaufman e Jay Kristoff

Autores: Amie Kaufman e Jay Kristoff
Ano de Publicação Original:
2015
Série: The Illuminae Files #1
Editora: Ember
Páginas: 608
ISBN: 9780553499148
Origem: Comprado

Sinopse: Kady thought breaking up with Ezra was the worst thing she’d ever been through. That was before her planet was invaded. Now, with enemy fire raining down on them, Kady and Ezra are forced to fight their way onto one of the evacuating craft, with an enemy warship in hot pursuit. But the warship could be the least of their problems. A deadly plague has broken out and is mutating, with terrifying results; the fleet’s AI, which should be protecting them, may actually be their biggest threat; and nobody in charge will say what’s really going on. As Kady plunges into a web of data hacking to get to the truth, it’s clear only one person can help her bring it all to light: Ezra. Told through a fascinating dossier of hacked documents—including emails, schematics, military files, IMs, medical reports, interviews, and more—Illuminae is the first book in a heart-stopping, high-octane trilogy about lives interrupted, the price of truth, and the courage of everyday heroes.

Opinião: Desde que a tradução do primeiro volume da série Illuminae foi publicado em Portugal, em 2016, que fiquei interessada. As opiniões positivas são mais que muitas, mas só este ano decidi comprar a trilogia e começar a lê-la – nas edições originais, porque infelizmente em Portugal o segundo e o terceiro volume não chegaram a ser publicados.

O ano é 2575. O planeta onde vivem os adolescentes Kady e Ezra, Kerenza, é atacado, mas os dois conseguem fugir em naves que fazem parte de uma missão de salvamento. Kady fica no Hypatia, enquanto Ezra permanece na maior nave da frota, o Alexander. Muitas são as questões: quem atacou Kerenza e porquê, por que motivo os responsáveis pela frota partilham tão pouca informação com as pessoas que transportam e de onde terá vindo o misterioso vírus que atacou as pessoas que viajam na terceira nave.

Na minha opinião, o grande trunfo deste livro é a forma como está estruturado. A narrativa não decorre de forma linear, como estamos habituados, mas é antes composta por uma compilação de cartas, documentos oficiais e conversas por escrito entre as várias personagens, que nos vão ajudar a compôr o puzzle dos acontecimentos. Mas Illuminae vai muito para além disso: existem composições gráficas extremamente originais e inventivas, que ajudam a elevar a experiência de leitura a todo um outro nível.

O enredo é muito interessante, em particular pelos aspetos mais globais de toda a história – que ficam um pouco em aberto, provavelmente para serem desenvolvidos nos volumes seguintes. Existe obviamente alguma incidência na relação entre as duas personagens principais, Kady e Ezra, e na sua relação conturbada. Confesso que este foi o aspeto que menos me interessou no livro… apesar de não haver nenhum exagero nos dramas existenciais da adolescência, dei por mim várias vezes a pensar que teria gostado mais deste componente se os protagonistas fossem adultos. A minha personagem preferida acabou mesmo por ser o Aidan, a Inteligência Artificial da frota, que adorei pela ambiguidade moral e por toda a influência que tem no desenrolar dos acontecimentos.

Não tendo sido um livro que mudou a minha vida, foi uma leitura muito boa. Quero muito saber o que vai acontecer em seguida, por isso que venham os próximos!

Classificação: 4/5 – Gostei Bastante

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.