Autor: Taylor Jenkins Reid
Ano de Publicação: 2017
Páginas: 336
Origem: Empréstimo
Opinião: Depois da relativa desilusão que foi The Seven Husbands of Evelyn Hugo, em grande parte devido às minhas elevadas expectativas – parti para a leitura de Daisy Jones & The Six com moderado entusiasmo. Confesso que apenas decidi lê-lo por gostar muito de conhecer as histórias e trivia (reais) de bandas de rock e de achar que este era capaz de me agradar por causa desse vertente.
Todo este livro é contado na forma de entrevistas, quase como se fosse um documentário que se propõe a contar no presente a história do sucesso estrondoso da banda Daisy Jones & The Six nos anos 1970. E é assim, pela voz dos membros da banda e de várias pessoas que tiveram algum impacto na sua existência, que o leitor vai ficando a par do início dos The Six e de como, mais tarde, o furacão Daisy Jones se juntou a eles.
O que mais me fascinou foi mesmo a complexa relação entre as duas personagens principais, Daisy Jones e Billy Dunne, em termos musicais e pessoais. A autora inspirou-se na história real de Stevie Nicks e Lindsey Buckingham, dos Fleetwood Mac, para escrever estas suas personagens, aproveitando a simbiose quase perfeita que duas pessoas podem ter a nível criativo e as várias formas que o amor e o ódio podem tomar. Daisy é uma personagem notável: uma mulher inspirada e inspiradora, cheia de carisma, mas ao mesmo tempo tão frágil que parece poder quebrar-se a qualquer momento. Billy tem vários demónios também, mas ainda assim é mais estável. Será que isto é o suficiente para equilibrar Daisy, ou estará ela num plano distante, onde não pode ou quer ser salva?
Outra das coisas que este livro faz extremamente bem é o recriar da época e do cenário em Los Angeles, cheio de drogas, sexo e rock n’roll. A autora consegue transmitir toda a atmosfera selvagem e criativa em termos musicais presente neste período e locais específicos, e isto inclui letras originais de músicas e outros detalhes que colocou na história que ajudam a tornar tudo muito mais real.
Já li este livro há cerca de 5 meses, mas ainda está muito presente. E agora que escrevo sobre ele só me apetece ir relê-lo. Isto só pode ser bom sinal, não é? Termino esta opinião com a sugestão de duas músicas dos Fleetwood Mac, que poderão acompanhar a vossa leitura: Landslide e The Chain.
Classificação: 5/5 – Adorei