Opinião: Daisy Jones & The Six | Taylor Jenkins Reid

Autor: Taylor Jenkins Reid
Ano de Publicação: 2017
Páginas: 336
Origem: Empréstimo

Sinopse: Daisy is a girl coming of age in L.A. in the late sixties, sneaking into clubs on the Sunset Strip, sleeping with rock stars, and dreaming of singing at the Whisky a Go-Go. The sex and drugs are thrilling, but it’s the rock and roll she loves most. By the time she’s twenty, her voice is getting noticed, and she has the kind of heedless beauty that makes people do crazy things. Another band getting noticed is The Six, led by the brooding Billy Dunne. On the eve of their first tour, his girlfriend Camila finds out she’s pregnant, and with the pressure of impending fatherhood and fame, Billy goes a little wild on the road. Daisy and Billy cross paths when a producer realizes the key to supercharged success is to put the two together. What happens next will become the stuff of legend. The making of that legend is chronicled in this riveting and unforgettable novel, written as an oral history of one of the biggest bands of the seventies. Taylor Jenkins Reid is a talented writer who takes her work to a new level with Daisy Jones & The Six, brilliantly capturing a place and time in an utterly distinctive voice.

Opinião: Depois da relativa desilusão que foi The Seven Husbands of Evelyn Hugo, em grande parte devido às minhas elevadas expectativas – parti para a leitura de Daisy Jones & The Six com moderado entusiasmo. Confesso que apenas decidi lê-lo por gostar muito de conhecer as histórias e trivia (reais) de bandas de rock e de achar que este era capaz de me agradar por causa desse vertente.

Todo este livro é contado na forma de entrevistas, quase como se fosse um documentário que se propõe a contar no presente a história do sucesso estrondoso da banda Daisy Jones & The Six nos anos 1970. E é assim, pela voz dos membros da banda e de várias pessoas que tiveram algum impacto na sua existência, que o leitor vai ficando a par do início dos The Six e de como, mais tarde, o furacão Daisy Jones se juntou a eles.

O que mais me fascinou foi mesmo a complexa relação entre as duas personagens principais, Daisy Jones e Billy Dunne, em termos musicais e pessoais. A autora inspirou-se na história real de Stevie Nicks e Lindsey Buckingham, dos Fleetwood Mac, para escrever estas suas personagens, aproveitando a simbiose quase perfeita que duas pessoas podem ter a nível criativo e as várias formas que o amor e o ódio podem tomar. Daisy é uma personagem notável: uma mulher inspirada e inspiradora, cheia de carisma, mas ao mesmo tempo tão frágil que parece poder quebrar-se a qualquer momento. Billy tem vários demónios também, mas ainda assim é mais estável. Será que isto é o suficiente para equilibrar Daisy, ou estará ela num plano distante, onde não pode ou quer ser salva?

Outra das coisas que este livro faz extremamente bem é o recriar da época e do cenário em Los Angeles, cheio de drogas, sexo e rock n’roll. A autora consegue transmitir toda a atmosfera selvagem e criativa em termos musicais presente neste período e locais específicos, e isto inclui letras originais de músicas e outros detalhes que colocou na história que ajudam a tornar tudo muito mais real. 

Já li este livro há cerca de 5 meses, mas ainda está muito presente. E agora que escrevo sobre ele só me apetece ir relê-lo. Isto só pode ser bom sinal, não é? Termino esta opinião com a sugestão de duas músicas dos Fleetwood Mac, que poderão acompanhar a vossa leitura: Landslide e The Chain.

Classificação: 5/5 – Adorei

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.