Autor: Alex Michaelides
Título Original: The Silent Patient (2019)
Editora: Editorial Presença
Páginas: 336
ISBN: 9789722363822
Tradutor: Marta Mendonça
Origem: Comprado
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Opinião: Este é um thriller que tem vindo a ser muito falado, por cá e lá fora, e não consegui resistir a comprá-lo e a lê-lo durante as minhas férias. A primeira frase do livro, após o prólogo, é brutal: “A Alicia Berenson tinha trinta e três anos quando matou o marido“. Quem nos conta isto é o psicoterapeuta criminal Theo Faber, que teve conhecimento do caso pelo seu mediatismo – tanto Alicia como o marido eram artistas famosos, ela pintora e ele fotógrafo. Seis anos volvidos e Alicia encontra-se internada numa unidade forense de alta segurança, não tendo proferido qualquer palavra desde que matou o marido.
O fascínio de Theo por este caso e a ideia de poderia ser ele a conseguir finalmente fazer Alicia falar levam-no a candidatar-se a uma posição na tal unidade, o que acaba por conseguir. É assim que começa a interação entre os dois e a grande questão é se ele conseguirá com que ela fale e, se assim for, o que terá ela para dizer que não se saiba já. No meio da narrativa de Theo, vamos também tendo acesso a algumas entradas do diário de Alicia, escritas antes da morte do marido, que ajudam o leitor a ir percebendo o que levou a todos os acontecimentos que já conhecemos.
Pelo meio, vamos também tendo acesso à história de Theo, que é tudo menos descomplicada. Apesar da sua profissão, também ele tem problemas de saúde mental, tendo sido acompanhado por uma psicoterapeuta durante vários anos. A relação com os pais e, mais tarde, com a esposa, não ajudam a que Theo seja propriamente a pessoa mais equilibrada do mundo, o que só faz com que o leitor questione a propriedade que ele terá para tratar os seus doentes e, em especial, Alicia.
Já sabemos que os thrillers vivem das reviravoltas que os autores dão aos seus enredos; o impacto que estas têm nos leitores é inversamente proporcional à quantidade de thrillers já lidos. Acho sinceramente que a reviravolta final é muito boa, mas porque já tinha lido pelo menos um livro com um artifício semelhante, a resolução foi algo que me ocorreu durante a leitura, sendo que por isso o impacto final foi menor. Contudo, foi um livro que praticamente não consegui pousar e que acho que irá ser bastante apreciado por quem começou recentemente a ler thrillers psicológicos.
Classificação: 4/5 – Gostei Bastante