Autor: Eva García Sáenz de Urturi
Título Original: El silencio de la ciudad blanca (2016)
Editora: Lua de Papel
Páginas: 485
ISBN: 9789892342603
Tradutor: Tânia Sarmento
Origem: Empréstimo
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Opinião: O Silêncio da Cidade Branca é o primeiro volume da trilogia “Cidade Branca”, em que as histórias se passam numa das principais cidades do País Basco – Vitoria. Logo no início do enredo, ficamos a saber que o principal detetive encarregado de investigar o caso policial que nos vai ser relatado foi alvejado pelo assassino e que muito dificilmente sobreviverá. É pela voz do próprio que vamos recuar no tempo e acompanhar os acontecimentos que levaram àquele desenlace.
Há 20 anos, um conjunto de macabros assassinatos em série culminou com a prisão de um famoso arqueólogo. Unai, bastante jovem, acompanhou o caso de perto, tendo-se mesmo tornado uma obsessão e um dos principais motivos que o levou a juntar-se às forças policiais. Mas se o assassino continua preso, como explicar o aparecimento de dois cadáveres na Catedral Velha de Vitoria, em que todas as pistas revelam o mesmo modus operandi dos crimes de há duas décadas? Inicia-se aqui uma corrida contra o tempo, porque Unai sabe que os crimes vão acontecendo em sequência e de uma forma lógica; é, por isso, fundamental perceber se o culpado de há 20 anos era mesmo culpado e se poderá contribuir de algum modo para a resolução deste difícil caso.
A partir daqui, o enredo segue uma estrutura bastante tradicional no que respeita aos romances policiais, com avanços e recuos na investigação e um desenlace que surpreende pela sua imprevisibilidade. A adicionar a isto – e este talvez tenha sido o aspeto que mais me agradou neste livro – a autora faz-se valer do seu conhecimento pessoal para nos fazer uma autêntica visita guiada à cidade de Vitoria, da qual penso que nunca tinha ouvido falar e que agora fiquei com enorme vontade de conhecer devido à sua riqueza história.
O Silêncio da Cidade Branca cumpre bem os objetivos a que se propõe: trata-se de um policial bem documentado, que consegue entreter e surpreender o leitor e que, não tendo sido o melhor livro que já li dentro do género, se destaca pela frescura na forma como apresenta a cidade de Vitoria, tornando-se ela própria uma personagem do livro. Aguardo que os próximos volumes da trilogia sejam igualmente publicados por cá.
Classificação: 4/5 – Gostei Bastante