Autor: Kristin Hannah
Título Original: Firefly Lane (2008)
Editora: Bertrand
Páginas: 552
ISBN: 9789722536332
Tradutor: Joel Lima e Catarina Rocha Lima
Origem: Comprado
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Opinião: Depois de ter lido e gostado bastante de O Rouxinol e A Grande Solidão, decidi continuar a explorar a obra da autora Kristin Hannah, no âmbito do projeto dedicado à autora que a Dora Santos Marques e a Maria João Covas estão a organizar. As Inseparáveis é um livro anterior ao enorme sucesso que a autora conseguiu após a publicação de O Rouxinol, em 2015, por isso tinha a expectativa de perceber se a qualidade que encontrei nesse e no outro que li dela era algo que já vinha de trás.
As Inseparáveis conta a história de uma amizade ao longo de mais de 30 anos. Tully e Kate conhecem-se em meados dos anos 1970, quando as revoluções sociais e políticas nos Estados Unidos da América eram o prato do dia e, apesar de contextos familiares e de personalidades bastante diferentes, as duas acabam por criar e consolidar uma amizade cuja força prometia resistir a todas as adversidades. Kristin Hannah pega na mão do leitor e leva-o ao longo das restantes décadas do século XX e da primeira do século XXI, contando-nos o destino pessoal e profissional de ambas e a forma como a sua amizade resistiu às naturais diferenças na vida de ambas.
Enquanto Kate decidiu dedicar a maior parte do seu tempo à família, optando por ficar em casa a cuidar do marido e dos filhos, Tully deu uso à sua enorme ambição e acaba por se tornar uma estrela de TV, sacrificando muitas vezes a sua família e amigos em prol das audiências e dos projetos que ocupavam o seu tempo quase a 100%. Mas, como não é difícil de prever, vai chegar uma altura em que Tully se vê confrontada com a questão de perceber se o trabalho é realmente o aspeto mais importante da sua vida.
Um pouco à semelhança dos dois livros que li da autora, também em As Inseparáveis temos um desenvolvimento da história algo lento numa fase inicial, ainda que nunca me tenha sentido entediada com a leitura. Para o final do livro, fica guardada a parte mais desafiante a nível emocional para o leitor, quando as protagonistas da história se vêem a braços com uma situação dramática. Ao contrário de várias pessoas que leram este livro, não me causou particular emoção, apesar de perceber que esta fosse a reação normal e pretendida pela autora. Penso que isto foi fruto de não ter muita particular empatia com nenhuma das protagonistas ao longo do livro, por algumas decisões inverosímeis ou ilógicas que tomam, o que não ajudou muito a que tivesse conseguido criar grande ligação com elas. Por outro lado, já esperava algum drama na parte final – não adivinhei em que moldes, mas ainda assim ficou aquela sensação de previsibilidade que não me permitiu desfrutar mais da leitura.
Em suma, As Inseparáveis é uma leitura agradável e parece-me ter potencial para agradar aos fãs das histórias da Kristin Hannah. Pessoalmente, foi o que menos gostei dela pelos motivos já referidos; por isso, pondero se será boa ideia ler mais livros antigos desta autora.
Classificação: 3/5 – Gostei