Título: Filho da Mãe
Autor: Hugo Gonçalves
Pág.: 240
Data de Lançamento: 16.04.2019
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Sinopse: Perto de fazer quarenta anos, Hugo Gonçalves recebeu o testamento do avô materno dentro de um saco de plástico. Iniciava-se nesse dia uma viagem, geográfica e pela memória, adiada há décadas. O primeiro e principal destino: a tarde em que recebeu a notícia da morte da mãe, a 13 de Março de 1985, quando regressava da escola primária. Durante mais de um ano, o escritor procurou pessoas e lugares, resgatando aquilo que o tempo e a fuga o tinham feito esquecer ou o que nem sequer sabia sobre a mãe. Das férias algarvias da sua infância aos desgovernados anos de Nova Iorque, foi em busca dos estilhaços do luto a cada paragem: as cassetes com a voz da mãe, os corredores do hospital, o colégio de padres, uma cicatriz na perna, o escape do amor romântico, do sexo e das drogas ou uma road trip com o pai e o irmão. Esta é uma investigação pessoal, feita através do ofício da escrita, sobre os efeitos da perda na identidade e no caráter. É um relato biográfico — tão íntimo quanto universal — sobre o afeto, as origens, a família e as dores de crescimento, quando já passámos o arco da existência em que deixamos de fantasiar apenas com o futuro e precisamos de enfrentar o passado. É também, inevitavelmente, uma homenagem à figura da mãe, ineludível presença ou ausência nas nossas vidas. Sem saber o que iria encontrar na viagem, o autor percebeu, pelo menos, uma coisa: quem quer escrever sobre a morte acaba a escrever sobre a vida.
Sobre o autor: Hugo Gonçalves (1976) é autor dos romances O Maior espectáculo do mundo, O coração dos homens, Enquanto Lisboa arde o Rio de Janeiro pega fogo, O caçador do Verão; e dos livros de crónicas Fado, samba e beijos com língua e Postais dos trópicos. É co-autor e guionista da série televisiva País Irmão (RTP). Foi correspondente de várias publicações portuguesas em Nova Iorque, Madrid e Rio de Janeiro, cidade onde trabalhou como editor literário. Colaborou com: Jornal de Notícias, Diário Económico, jornal i, Expresso e Visão. No Diário de Notícias, assinou as crónicas Postais dos Trópicos e Máquina de escrever. Filho da mãe é o seu primeiro livro na Companhia das Letras.