Opinião: Fim de Turno | Stephen King

Autor: Stephen King
Título Original:
 End of Watch (2016)
Série: Bill Hodges #3
Editora: Bertrand
Páginas: 376
ISBN: 9789722535458
Tradutor: Ana Lourenço
Origem: Emprestado
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Sinopse: Bill Hodges, que agora gere uma agência com a colega Holly Gibney, fica intrigado com a letra Z escrita a marcador na cena de um crime para que são chamados. À medida que se vão acumulando casos idênticos, Hodges fica espantado ao perceber que as pistas apontam para Brady Hartsfield, o célebre «assassino do Mercedes» que eles ajudaram a condenar. Devia ser impossível: Brady está confinado a um quarto de hospital num estado aparentemente vegetativo. Mas Brady Hartsfield tem novos poderes letais. E planeia uma vingança, não só contra Hodges e os seus amigos, mas contra a cidade inteira. O relógio bate de formas inesperadas…

Opinião: Depois de ter gostado bastante dos volumes um e dois da trilogia Bill Hodges, estava ansiosa para descobrir que futuro estaria reservado ao detetive reformado e ao seu grupo de amigos, depois de termos percebido ao longo do segundo volume que o grande vilão da série, Brady Hartsfield, ainda poderia ter alguma palavra a dizer. Desta vez, tudo começa quando uma mulher que ficou paraplégica no atentado do “Sr. Mercedes” aparece morta, aparentemente assassinada pela mãe, que se suicidou em seguida. Mas aquele que pareceria um caso de fácil explicação apresenta alguns detalhes que intrigam Bill Hodges e os seus companheiros: não só este ato da parte da mãe da vítima parece completamente ilógico perante a vida que ambas levavam, como a presença da letra Z na cena do “crime” levanta questões adicionais.

Enquanto tem este mistério entre mãos, Bill descobre que está gravemente doente. Ainda que tente desvalorizar o seu estado de saúde, este teima em limitá-lo, mesmo que o detetive queira fazer um último esforço para desvendar toda a situação que tem entre mãos e na qual parece estar envolvido Brady Hartsfield, o Sr. Mercedes, apesar de estar confinado num hospital, praticamente como um vegetal.

Embora Fim de Turno tenha sido uma leitura relativamente rápida, desde cedo houve qualquer coisa que parecia incomodar-me no desenrolar da história. Demorei algum tempo a perceber o que era, mas finalmente consegui: os elementos sobrenaturais utilizados como explicação para uma série de acontecimentos. Não é que a presença de elementos sobrenaturais, só por si, me incomode, mas eu preciso de partir para a leitura com isso em mente. Nunca, até chegarmos a este livro, os elementos sobrenaturais foram parte integrante do universo do “Sr. Mercedes”, que para mim, como leitora, eram thrillers/policiais. O seu aparecimento súbito não me convenceu e acabou por me parecer apenas uma forma de permitir que o grande vilão pudesse “regressar dos mortos”. 

No cômputo geral, não acho que seja um mau livro. Penso ser uma conclusão satisfatória da trilogia, a vários níveis, mas o enredo central de Fim de Turno deixa, quanto a mim, bastante a desejar. Ainda assim, quero continuar a ler Stephen King; o próximo será, provavelmente, A Coisa, cujos dois volumes publicados recentemente em Portugal já se encontram nas minhas estantes. 

Classificação: 3/5 – Gostei

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.