Título: Diário 1927-1941
Autor: Virginia Woolf
Pág.: 616
Data de Lançamento: 11.01.2019
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Domingo, 26 de janeiro «As águas do desespero não hão de tragar-me, juro. A solidão é grande. A vida em Rodmell é tão choca. Húmida, a casa. Em desordem. Mas não há outra alternativa. E os dias hão de crescer. O que me falta é a energia de outrora.»
Depois de Diário 1915-1926, a Bertrand Editora publica agora o segundo e último volume de uma seleção personalizada e adaptada para Portugal do Diário de Virginia Woolf, com organização e notas de Anne Olivier Bell. Traduzido por Maria José Jorge, Diário 1927-1941 retrata um dos períodos criativos mais fecundos de Virginia Woolf, numa altura em que se afirmou como uma das figuras de maior relevo dentro da sociedade literária londrina. São desta época algumas das suas obras mais marcantes, nomeadamente Rumo ao Farol (1927), Orlando (1928) e Um Quarto que Seja Seu (1929). Chegou às livrarias a 11 de janeiro.
O Diário é um retrato de si e do seu mundo próprio, naturalmente, mas é também, e por vezes, o retrato de uma época; nestes quinze anos vislumbra-se a sociedade inglesa, e a sociedade europeia, na quietação e na guerra, nas palavras dos homens, nos hábitos e nas procuras. Estes são os anos em que o mundo de Virginia Woolf se desagrega: amigos morrem, morrem os jovens na guerra, a ameaça de uma invasão ensombra os dias», escreve a tradutora em nota incluída nesta edição. Neste diário, somos convidados a conhecer as reflexões mais íntimas de Virginia Woolf sobre o mundo e sobre a Humanidade, com uma singularidade e universalidade que muito poucos conseguem alcançar. A 28 de março de 1941, Virginia Woolf suicidou-se, afogando-se no rio Ouse.
Sinopse: Sexta-feira, dia de Natal, 1931: «(…) Falei com o L. ontem à noite sobre a morte; a estupidez da morte; o que ele iria sentir se eu morresse. Ele abandonaria talvez a editora; mas disse que uma pessoa deve ser natural. E a sensação de velhice a invadir-nos: e o sofrimento de perder os amigos; e a minha antipatia pela geração mais nova; e depois raciocino que devo ser compreensiva. E agora estamos mais felizes.»
Entre 1927 e 1941, Virginia Woolf viveu um dos seus períodos criativos mais fecundos e afirmou-se como uma das figuras de maior relevo dentro da sociedade literária londrina. Neste período foi um dos maiores expoentes de um conjunto de artistas e intelectuais empenhados na defesa da importância das artes e que ficou conhecido como o Grupo de Bloomsbury. São desta época algumas das suas obras mais marcantes, nomeadamente Rumo ao Farol (1927), Orlando (1928) e Um Quarto que Seja Seu (1929). Neste diário, somos convidados a conhecer as suas reflexões mais íntimas sobre o mundo e sobre a Humanidade, com a singularidade e universalidade que muito poucos conseguem alcançar.
Sobre o autor: Virginia Woolf nasceu em Londres, em 1882. Após a morte do pai, Sir Leslie Stephen, primeiro editor do Dictionary of National Biography, Virginia e a irmã, a pintora Vanessa Bell, mudaram-se para Bloomsbury e tornaram-se membros incontornáveis do grupo com o mesmo nome. Este coletivo informal de artistas, do qual faziam parte Lytton Strachey e Roger Fry, influenciou fortemente a cultura britânica no início do século XX. Em 1912, Virginia casou com Leonard Woolf, escritor e reformista social. Três anos depois, publicou o seu primeiro romance, A Viagem, no qual lança as sementes do seu estilo narrativo distintivo e inovador. Em 1917, Virginia e Leonard fundaram a Hogarth Press, que inauguraram com a publicação do livro Two Stories, em coautoria, impresso à mão na sala de jantar da sua casa no Surrey. Os seus períodos de intensa criatividade eram frequentemente intercalados de períodos de sofrimento psíquico intenso, com início após a morte da mãe, em 1895. A 28 de março de 1941, meses antes da publicação do seu derradeiro romance, Entre os Actos, Virginia Woolf suicidou-se.