2018 foi um ano tramado. Quando acontecem coisas más, tenho tendência a extrapolar os seus efeitos e deixar-me contagiar pelos sentimentos negativos, deixando para trás as coisas boas que me acontecem. E no ano que está a terminar houve vários momentos péssimos, por coisas sobre as quais não podia fazer nada, mas especialmente por constrangimentos internos. Mas não é sobre as coisas más de 2018 que quero falar; este post é para dar conta de como me sinto grata pelos momentos positivos que vivi em 2018 e para me recordar que é a estas coisas que tenho de me agarrar.
1 – Em 2018, tive oportunidade de ver por três vezes a minha banda preferida, os Pearl Jam. Não consigo explicar por palavras o quanto gosto deles e o quanto as suas músicas significam para mim. Há quem possa achar estranha a decisão de os ver mais do que uma vez num tão curto espaço de tempo, mas quem já assistiu a um concerto deles sabe que nenhum é igual a outro. Vi-os em Amesterdão, em Barcelona e, claro, em Lisboa. Cada um foi uma experiência única, mas o concerto de Barcelona foi o melhor, não só pela incrível setlist mas também pelo público fantástico que deu tudo nas 3 horas que durou o concerto.
2 – Este segundo ponto vem diretamente na sequência do anterior. Por causa de ir ver os Pearl Jam fora de Portugal tive oportunidade de conhecer uma nova cidade e visitar outra pela segunda vez. Adorei Amesterdão. Estive lá 5 dias e consegui ver boa parte dos ex-líbris da cidade. No dia em que cheguei visitei a Casa de Anne Frank e foi inesquecível; é impossível não ficar arrepiado ao entrar no quarto onde Anne dormia e onde ainda estão colados na parede os recortes de jornal das personalidades que ela admirava. Mas houve tantas outras coisas que me encantaram: o Rijks Museum com a sua biblioteca espetacular, o Museu Van Gogh, os imensos canais, etc., etc. Vale muito a pena conhecer.
Já tinha visitado Barcelona em 2007, mas na altura ficaram algumas coisas por ver. Desta vez, fiz uma visita mais descontraída e centrada em assimilar o espírito da cidade. Tive oportunidade de ir conhecer alguns locais com comida fantástica mas também algumas coisas que tinham ficado por visitar na primeira vez, nomeadamente a Catedral de Santa María del Mar (a igreja de A Catedral do Mar, de Ildefonso Falcones), o Museu Picasso ou o Mosteiro de Montserrat, localizado numa zona linda nos arredores de Barcelona. Outro dos pontos altos foi o reencontro com uma amiga que mora em Barcelona e que conheci por causa dos livros.
3 – 2018 foi um ano em que tentei dizer – para além de mostrar – às pessoas que gosto delas. Bem sei que as palavras sem atos podem não valer muito, mas também acho que dizer “gosto de ti”, “és importante para mim” ou “tornas os meus dias melhores” não custa muito e pode fazer toda a diferença. E esse esforço foi recompensado; estes pequenos atos de amor fazem-nos sentir bem, espalham energias positivas e potenciam recompensas do mesmo calibre. Por isso, estou grata por todos os momentos em 2018 em que me senti realmente apreciada.
4 – Em termos profissionais, os momentos positivos foram mais do que os negativos. Orgulho-me da vontade de fazer e de aprender, mas também da energia positiva que tenho e consigo espalhar à minha volta. Cresci em termos de conhecimentos, aprendi e senti-me útil.
5 – Em 2018, conheci a minha escritora preferida – Robin Hobb. Foi fantástico poder conhecê-la e ouvi-la falar sobre os seus livros. Foi daquelas oportunidades únicas que me sinto muito feliz por ter conseguido aproveitar.