Título: Vida Moderna
Autor: Maria Filomena Mónica
Pág.: 496
Data de Lançamento: 19.10.2018
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Ao longo de uma década (1985-1996), Maria Filomena Mónica escreveu sobre as mudanças que se verificavam em Portugal – e deixou perguntas sobre elas. Sobre a vida moderna dos portugueses e do Estado, a política e a sexualidade, a burocracia e a universidade, as escolas públicas e as televisões privadas, a polícia e os partidos, as cirurgias estéticas e a televisão por cabo, os heterónimos de Marcelo Rebelo de Sousa, a força da inveja no nosso país e a importância do Natal. São textos que deixaram marca na época – e que continuam a ser uma referência quando procuramos um retrato desses anos fatais da nossa memória. Vida Moderna reúne artigos publicados na imprensa nacional, coligidos por Vasco Rosa, que os arrumou tematicamente, lhes deu títulos (quando não os havia) e organizou o índice onomástico. Escrito na primeira pessoa, neste livro a socióloga nunca desaparece e a mulher estrangeirada, culta e minuciosa nunca desiste de fazer o seu retrato de quem nós somos, do que nos falta ser e daquilo que mudou na sua vida – e na vida moderna. «Raramente volto a ler as obras que escrevi. Quando isso sucede, o que me admira é o facto de, ao longo da vida, tão pouco ter mudado», escreve Maria Filomena Mónica, que não esconde alguma melancolia na leitura destes textos: «Entre os motivos para esta exposição do ego, conta-se certamente a necessidade de exorcizar as minhas relações com o quotidiano pátrio e o desejo de divertir os leitores. O sentido trágico da vida, pensei, faria rir mais do que a felicidade.»
Sobre a autora: Maria Filomena Mónica nasceu em Lisboa, em 1943. É licenciada em Filosofia pela Universidade de Lisboa (1969) e doutorada em Oxford (1978). Investigadora emérita do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, cronista e repórter na imprensa, coautora de séries para a televisão, Maria Filomena Mónica escreveu uma longa lista de livros, entre os quais se contam Educação e Sociedade no Portugal de Salazar (1978), sua tese de doutoramento; Visitas ao Poder (1993); Os Filhos de Rousseau (1997); Fontes Pereira de Melo (1999); Bilhete de Identidade (2005); Cesário Verde (2007); Os Pobres (2016); Os Ricos (2018); e O Filho da Rainha Gorda, que a Quetzal acaba de reeditar.