Opinião: O Manuscrito | John Grisham

Autores: John Grisham
Título Original:
 Camino Island (2017)
Editora: Bertrand
Páginas: 288
ISBN: 9789722535441
Tradutor: Fernanda Oliveira
Origem: Recebido para crítica
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Sinopse: Um bando de ladrões realiza um ousado assalto a um cofre de alta segurança que fica sob a biblioteca da Universidade de Princeton. O espólio levado é de valor incalculável, se bem que a universidade o tenha segurado por vinte e cinco milhões de dólares. Bruce Cable é dono de uma livraria muito popular na povoação de Santa Rosa, em Camino Island, na Florida. Mas o dinheiro a sério vem da sua atividade como negociante de livros raros. Poucos são os que sabem que, de vez em quando, ele entra no mercado negro de livros e manuscritos roubados. Mercer Mann é uma jovem escritora que sofre de um caso sério de bloqueio criativo e que acaba de ser despedida da escola onde dava aulas. Quando uma mulher elegante e misteriosa lhe oferece uma generosa maquia para que ela se infiltre no círculo literário de Bruce Cable, ela aceita. Só que Mercer acaba por vir a saber demais e é aí que os problemas começam nessas paragens paradisíacas…

Opinião: Conhecia o nome de John Grisham como acho que qualquer leitor mais ou menos atento deve conhecer; os livros de sua autoria publicados entre nós são muitos e variados e isso indicia que os leitores portugueses gostam especialmente das suas histórias. Sempre que me deparava com o novo lançamento de um livro seu, pensava que gostaria de experimentar, mas a oportunidade acabou por nunca surgir, como tantas vezes acontece. Até que O Manuscrito, publicado recentemente, me chegou cá a casa e achei que seria perfeito para levar para as minhas férias.

Esta é a história do roubo dos cincos manuscritos dos livros de F. Scott Fitzgerald, autor norte-americano conhecido, principalmente, por ter escrito O Grande Gatsby. Depois de roubados da Universidade de Princeton (onde, na realidade, se encontram), esses manuscritos entram no circuito ilegal de venda de livros e outras obras de arte raras. Para tentar evitar o pagamento de uma indemnização de milhões, a seguradora envolvida contrata Mercer Mann para se tentar introduzir no círculo de conhecimentos de Bruce Cable, um negociador de livros raros e em segunda mão, de quem desconfiam que possa estar na posse dos documentos. 

Boa parte do enredo gira em torno do fascínio do colecionismo e aqui, em particular, da posse de edições raras e antigas. Bruce gosta muito do dinheiro que o negócio lhe rende – ainda que trabalhe para isso arduamente – mas parece gostar ainda mais de possuir edições raras na sua coleção e de toda a adrenalina por que passa para as conseguir, mesmo que ilegalmente. No fundo, Bruce aprendeu, com o tempo, a ser um bibliófilo muito particular e, por esse motivo, o leitor acaba por lhe perdoar algumas atitudes menos sérias.

Li O Manuscrito na altura perfeita, quase como se o livro me tivesse escolhido. Depois de ter começado, muito dificilmente o consegui largar, e posso afirmar que abdiquei de vários mergulhos na água para poder antes mergulhar nas suas páginas. É um livro com um bom ritmo, personagens bem desenvolvidas e um enredo cativante, que termina da forma perfeita para esta história. 

O balanço final foi extremamente positivo. Quero, sem dúvida, ler outras coisas deste autor. Alguém tem sugestões para me dar?

Classificação: 4/5 – Gostei Bastante

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.