Autor: Jodi Picoult
Título Original: Perfect Match (2002)
Editora: Civilização Editora
Páginas: 372
ISBN: 9789722625234
Tradutor: Ana Figueira
Origem: Comprado
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Opinião: No âmbito do Projeto “Um Ano Com Jodi”, da Isa, da Dora e da Elisa, decidi finalmente pegar neste livro da escritora norte-americana Jodi Picoult, que já esperava pela sua vez há demasiado tempo na minha estante. Tudo por amor tem uma premissa particularmente angustiante, em especial para quem é mãe de uma criança da mesma idade da que está no centro do enredo, que aborda o tema do abuso sexual de crianças e os respetivos traumas que causa na vítima e respetiva família.
Nina Frost, a mãe, conhece os meandros da justiça porque é o seu ambiente de trabalho; sabe que a burocracia do sistema judicial beneficiará o agressor e deixará o seu filho exposto a traumas adicionais e, portanto, decide fazer justiça pelas próprias mãos.
Jodi Picoult tem um dom para nos fazer questionar sobre o que faríamos se nos deparássemos com os dilemas em que coloca as suas personagens. Os temas são polémicos e, normalmente, sobre questões fracturantes da sociedade, com a preocupação de que os seus leitores sejam informados sobre os dois (ou mais) lados da barricada e que percebam que as coisas nem sempre são a preto e branco, como podem parecer à primeira vista.
Neste livro em particular, não se trata propriamente de encontrar atenuantes para o abuso sexual; trata-se, antes, de explorar a capacidade que as pessoas têm de ser justas quando não podem ser imparciais. Será que vale tudo para protegermos quem amamos? Será que, no lugar desta mãe, seria capaz de fazer o mesmo? Finda a leitura, continuo sem saber, mas a reflexão é sempre bem-vinda. Não tendo sido o meu livro preferido da autora, gostei bastante da forma como Jodi Picoult apresenta e desenvolve esta história. Recomendo.
Classificação: 4/5 – Gostei Bastante