Novidade Quetzal | O Livro de Emma Reyes – Memória por Correspondência, de Emma Reyes

ReyesTítulo: O Livro de Emma Reyes – Memória por Correspondência
Autor: Emma Reyes
Pág.: 448
Data de Lançamento: 13.10.2017

O Livro de Emma Reyes – Memória por Correspondência relata as memórias da duríssima infância – de abandono e exploração – da pintora colombiana Emma Reyes. É também uma história de superação de inimagináveis circunstâncias por parte de uma mulher conduzida pela sua vontade férrea de liberdade.
Quando surgiu pela primeira vez na Colômbia, em 2012, quase dez anos após a morte da autora, esta autobiografia epistolar foi imediatamente considerada como um clássico. Em 23 cartas dirigidas ao amigo Germán Arciniegas, Reyes conta a história da sua infância e juventude, sem artifícios nem sentimentalismos, mas com competência e encanto narrativo raros. Publicado em mais de uma dezena de países, o livro conta com introdução de Leila Guerriero e dois textos finais, um por Gérman Arciniegas e outro por Diego Garzón.
Emma Reyes (1919-2003) nasceu na mais absoluta pobreza, em Bogotá. Criança ilegítima e abandonada, foi uma adolescente analfabeta até aos 18 anos. Tornou-se depois pintora, trabalhando e convivendo com artistas e intelectuais do seu tempo. Embora não se tenha tornado famosa, era recordada, à data da sua morte, como “mama grande” por artistas e escritores latino americanos em França e como uma maravilhosa contadora de histórias. Emma dizia do seu trabalho artístico: «É verdade que a minha pintura são gritos sem correntes de ar» e os artistas que a rodeavam reconheciam as qualidades narrativas da sua obra: «O Luis Caballero diz que eu não pinto os meus quadros, mas que os escrevo»
A regularidade da correspondência que enviava a Arciniegas sofreu uma interrupção, no momento em que o historiador, entusiasmado com a qualidade literária da escrita de Reyes, decidiu partilhar as cartas com outro famoso colombiano: Gabriel García Márquez. Semanas mais tarde, Gabo ligou a Emma para lhe dizer o quanto as tinha apreciado, e esta respondeu com fúria. Durante muito tempo a pintora não voltou a escrever a Arciniegas. Esta é uma correspondência capaz de transcender o tempo em que foi escrita, fixando os contornos de uma vida excecional.

Sinopse: Uma extraordinária história de vida num relato luminoso e sem qualquer tipo de sentimentalismo. Em 1969, a pintora Emma Reyes mandou a um amigo historiador, Germán Arciniegas, a primeira de 23 cartas em que revelava as duras circunstâncias da sua infância. O amigo ficou emocionado com as dolorosas memórias da artista e mostrou-as a Gabriel García Marquez, que incentivou Emma Reyes a continuar a escrevê-las. As cartas foram sendo escritas e enviadas a Arciniegas até 1997, que tivera também, entretanto, autorização da autora para as publicar após a morte desta. O Livro de Emma Reyes, que apareceu pela primeira vez na Colômbia em 2012, tornou-se de imediato um clássico. O testemunho – que vai dos primeiros anos até à idade adulta – apaixonou os leitores pelas suas beleza e coragem, embora contasse a história de uma trágica infância e juventude.

Sobre a autora: Emma Reyes foi uma pintora colombiana. Nasceu em 1919 em Bogotá, onde viveu uma infância miserável num bairro de lata. Mais tarde, foi acolhida num convento, onde passou 15 anos de clausura e trabalhos pesados. Quando conseguiu fugir, viajou por toda a América Latina, rumando a seguir à Europa. Formou-se em Paris, trabalhou no estúdio de Diego Rivera no México, mas também viveu e trabalhou em Capri, Veneza, Florença e Roma. Instalou-se definitivamente em França em 1960, casando-se em segundas núpcias com Jean Perromat, um médico francês. Emma Reyes morreu em Bordéus, em 2003.

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.