E lá terminou mais uma edição da Feira do Livro de Lisboa. O meu balanço pessoal é bastante positivo, ainda que noutros anos tenha conseguido estar por lá mais tempo e explorar as barraquinhas com maior detalhe (este ano, por exemplo, nem fui aos alfarrabistas).
A primeira visita ao Parque Eduardo VII aconteceu logo no dia de abertura. Fui com a família jantar ao espaço, comemos um gelado e comprei apenas dois livros infantis para o filhote. Foi tão bom regressar.
A segunda visita à Feira aconteceu no dia 4 de junho, a convite da editora Pergaminho. O autor brasileiro Augusto Cury iria estar presente nesse dia para um sessão de autógrafos com os seus fãs e foi dada a oportunidade a alguns bloggers de participarem num Meet & Greet antes da sessão de autógrafos. Apesar da curta interação, gostei de conhecer o escritor; tinha lido antecipadamente o meu primeiro livro de sua autoria, Pais Inteligentes Formam Sucessores, não Herdeiros (a opinião será publicada ainda esta semana), e tive oportunidade de lhe dizer que retirei do livro algumas ideias importantes para aplicação prática no dia-a-dia da educação do meu filho. A fila que o esperava para autógrafos era gigantesca; confesso que não tinha noção do enorme sucesso que este escritor tem em Portugal – e pelos vistos, pelo mundo.
Aproveitei ainda a presença do Júlio Isidro nesse dia na Feira para ir com a minha mãe autografar O Programa Segue Dentro de Momentos. Foi engraçado conhecer pessoalmente uma figura que acompanho na TV desde que me lembro. Enquanto estávamos à espera que o Júlio Isidro chegasse, fui convidada pelo André Pereira para participar no projeto O Que Te Quero Dizer. Basicamente, o André estava sentado a uma mesa com uma máquina de escrever antiga (dos anos 1930, segundo me disse), e durante cerca de 10 minutos olhou para mim e escreveu-me uma carta baseada apenas na sua observação. Confesso que de início fiquei algo desconfiada do possível resultado, mas fui surpreendida pela positiva numa carta que, para além de original, sem dúvida que captou algo da minha essência.
A visita do dia 4 terminou com uma passagem pelos pavilhões da Leya, para pedir um autógrado da Ana Maria Magalhães e da Isabel Alçada no meu velhinho Uma Aventura na Cidade, sem dúvida o volume da coleção que mais vezes li e no qual me dei ao trabalho de pintar as ilustrações. A Isabel Alçada não estava presente, mas ainda assim foi bom conhecer a Ana Maria Magalhães.
A terceira visita ao espaço na Feira aconteceu no dia 8 de junho e destinou-se a aproveitar a Hora H. De lá vieram comigo as primeiras compras na Feira. Dois calhamaços e outros livros que há algum tempo andavam debaixo de olho.
E tive também oportunidade de ver uma recomendação minha no espaço do Grupo Porto Editora 🙂
No Dia de Portugal, rumei novamente à Feira. Era o dia do encontro dos leitores da Editorial Presença, em que já tinha participado em 2016. Este ano estava menos gente, mas ainda assim foi muito bom poder rever algumas pessoas. Passei o resto da tarde na companhia da Carla e da Cláudia, e foi tão divertido. Obrigada pela companhia! Estivemos na fila para conseguir um autógrafo da Paula Hawkins (que me pareceu bastante simpática). Sinceramente, não estava contar ler Escrito na Água, porque não achei A Rapariga no Comboio propriamente espetacular, mas pareceu-me que a presença da autora era uma oportunidade demasiado boa para desperdiçar, e por isso comprei um exemplar e fui tratar de obter um autógrafo.
Mais tarde, e depois de uma rápida passagem pelo stand da Penguin Random House para que o Afonso Cruz assinasse o meu Nem Todas as Baleias Voam, assisti à apresentação das Crónicas da Terra e do Mar, da Sandra Carvalho. Em tempos que já lá vão, li os quatro primeiros volumes da Saga das Pedras Mágicas antes de ter desistido da série. Achei que não me voltaria a interessar pelos livros desta escritora, mas a verdade é que gostei muito de a ouvir e acho que ela tem realmente uma ligação especial com os seus leitores. Não fiquei para a sessão de autógrafos por causa da enorme fila, mas aproveitei a última visita à Feira para comprar na Hora H o primeiro volume da sua nova trilogia.
Visitei a Feira do Livro de Lisboa 2017 pela última vez no dia 15 de junho por duas vezes: primeiro, para que o pequeno conhecesse o Bolinha e o Grufalão, e depois para poder finalmente assistir a uma sessão das Noites Elsinore. Este ano, a 20|20 Editora promoveu no seu espaço tertúlias durante os dias da semana, pelas 21h. Sempre com um convidado diferente e com moderação de Ricardo Duarte, editor da Elsinore, os convidados falaram sobre um livro escolhido desta chancela e sobre mais uma série de coisas, desde a sua relação com os livros à experiência como escritores. Gostava de ter estado na sessão do João Reis, mas só consegui aparecer no dia 15 para ouvir a Patrícia Reis. O tempo passou a correr, porque foi muito interessante. Gostei bastante de a ouvir falar, o que já suspeitava que iria acontecer tendo em conta a sua participação no Biblioteca de Bolso (uma das melhores convidadas do podcast até agora, na minha opinião). Só fiquei com pena de não ter conseguido estar presente em mais Noites Elsinore, mas a verdade é que o horário não era muito fácil para mim. Fica o desejo que estas tertúlias regressem em 2018.
E pronto, assim se passou mais uma edição da Feira do Livro de Lisboa, feita sobretudo de momentos bem passados, na companhia da família e de amigos. Os livros comprados foram em número bastante inferior ao de outros anos, mas basicamente comprei o que tinha planeado e poucos livros adquiri por impulso. O fascínio pela Feira continua intacto e já estou à espera da edição de 2018!