Autor: Joakim Zander
Título Original: Simmaren (2013)
Série: Klara Walldéen #1
Editora: Suma de Letras
Páginas: 464
ISBN: 9789896651022
Tradutor: João Reis
Origem: Comprado
Comprar aqui (link afiliado)
Opinião: No início dos anos 1980, em Damasco, um espião vê-se com a filha bebé nos braços, enquanto a mulher que ama é morta num atentado que lhe era dirigido. Apesar do trauma, este homem – o nadador a que o título do livro alude – continua a sua carreira de espionagem pelo mundo, sempre perseguido pelo que aconteceu em Damasco e pelo que o futuro reservou à filha que decidiu abandonar.
Os capítulos do nadador, narrados na primeira pessoa, vão-se intercalando com capítulos dedicados a outras personagens na atualidade: Klara Walldéen, uma jurista a trabalhar no Parlamento Europeu; George Lööw, um lobista norte-americano que se vê envolvido em negócios secretos de que não consegue escapar; Mahmoud Shammosh, um ex-militar das forças especiais suecas e ex-namorado de Klara, que no início deste livro é contactado por um colega que frequentou com ele o serviço militar e que suspeita que está a ser perseguido.
O enredo vai intercalando os vários pontos de vista, alternando entre passado e presente, numa narrativa que, apesar de inicialmente parecer algo confusa pela miríade de personagens e pelas ligações pouco claras entre elas, acaba por se tornar numa teia complexa e interessante de acontecimentos que, a partir de determinada altura, tornam difícil abandonar o livro, porque então o leitor já está familiarizado com as personagens, o estilo e o ritmo da narrativa.
O Nadador acaba por surpreender uma vez que, sendo uma obra de um escritor sueco e sendo rotulado como policial, esperar-se-ia algo dentro do policial nórdico, que tanto sucesso tem feito pós-Stieg Larrson. Mas a verdade é que estamos mais perante um thriller de espionagem, em que a política e os bastidores ganham papel preponderante no desenrolar da trama. Pessoalmente, tive alguma dificuldade em me ligar emocionalmente às personagens principais; ainda que seja notório o esforço do autor para que ganhassem alguma profundidade, a verdade é que as achei um pouco estereotipadas e, por isso, não funcionaram muito bem comigo.
No final de contas, foi uma leitura agradável e que surpreendeu pela complexidade do enredo. Fiquei com curiosidade suficiente para ler a sequela, O Crente, que saiu recentemente em Portugal.
Classificação: 3/5 – Gostei