Destaque Quetzal | A Partir de Uma História Verdadeira, de Delphine De Vigan

imageTítulo: A Partir de Uma História Verdadeira
Autor: Delphine de Vigan
Pág.: 400
Data de Lançamento: Maio de 2016

Um «thriller diabolicamente perverso. Vertiginoso mise-en-abyme psicanalítico.» Assim destacou a revista francesa Le Point o livro A Partir de Uma História Verdadeira, da autora best-seller Delphine de Vigan. Um livro de leitura viciante, no qual a história se desenrola no limiar da realidade e ficção. Com meio milhão de exemplares vendidos em França, este romance vai fazer aquecer ainda mais o seu verão. «Acho que há três formas de ler este livro. A primeira é como um thriller psicológico entre duas mulheres e os jogos de influência e poder entre elas. Mas também queria dissertar sobre o que é isto da ficção e da realidade e o porquê de as pessoas estarem tão preocupadas em distingui-las. Por último, a terceira forma, queria mostrar os bastidores da criação literária o que assusta um escritor o que nos paralisa, as dúvidas. Tentei juntar estes três níveis e tive isto sempre presente ao escrever o livro», explicou a própria Delphine de Vigan numa entrevista ao jornal i aquando da sua visita a Portugal.

Sinopse: A história é contada na primeira pessoa, com Delphine, a narradora, como uma das duas personagens. Todos os nomes são de pessoas reais: o da autora/narradora, o dos filhos, do namorado… A história é aparentemente autobiográfica e, no entanto, torna-se a certa altura um jogo de espelhos, em que é difícil discernir entre realidade e ficção. Nada previsível, cheio de surpresas, com um suspense crescente (chega a ser atemorizante), mantém o leitor literalmente agarrado até ao fim(*). Delphine crê que a sua incapacidade de escrever terá coincidido com a entrada de L. na sua vida. L. é a mulher perfeita que Delphine gostaria de ser: muito bonita, impecavelmente cuidada, de uma grande sofisticação e inteligência. L. está também ligada à escrita – é escritora-fantasma. L. insinua-se lenta mas inexoravelmente na vida de Delphine: lê-lhe os pensamentos, adivinha-lhe os desejos e necessidades, termina-lhe as frases, torna-se totalmente indispensável – é a amiga ideal. Mas, aos poucos, sabemos que ela conseguiu isolar Delphine (afastando toda a gente), que lhe lê os diários, a correspondência, que se faz passar por ela! E quer demover Delphine de escrever o livro que esta está a preparar, obrigando-a a escrever a obra que ela (L.) quer: Introduz-se, assim, na vida da amiga de forma insidiosa, permanente, por fim violenta, controlando tudo. É aqui que há um volte-face na intriga – até aí muito perto do real – e uma possibilidade autobiográfica. O fim é maravilhosamente surpreendente. O seu livro anterior, Rien ne s’oppose à la nuit, em que conta a história da mãe, vendeu cerca de um milhão de exemplares em França e teve vendas na casa das dezenas de milhares em Espanha.

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.