A história de Patrick Rothfuss nesta coletânea é uma novela relacionada com a sua famosa trilogia Crónica do Regicida, tendo sido indicada pelo autor como uma prequela. Eu apenas li o primeiro livro da trilogia, O Nome do Vento, e já foi há mais de 7 anos, o que explica que não me lembre de grande coisa. A minha expectativa para esta história é que, de certo modo, me fizesse regressar àquele mundo e, quiçá, me devolvesse a vontade de pegar-lhe novamente. Mas a verdade é que não foi isso que aconteceu.
A Árvore Reluzente repesca uma das personagens secundárias de O Nome do Vento, Bast, o ajudante do estalajadeiro Kvothe. Lembro-me de ser uma personagem bastante interessante pelo mistério que a rodeava e esta novela revela-nos um dia na vida dele, ajudando o leitor a perceber um pouco melhor a sua essência. Bast dirige-se todos os dias para perto de uma árvore onde é procurado por crianças/jovens que precisam da sua ajuda para determinado assunto, trocando com ele favores, segredos ou tarefas que Bast necessita que sejam realizadas. Estes encontros ajudam a personagem principal a ganhar uma maior compreensão do mundo que a rodeia e permite que o leitor perceba a habilidade que tem em manipular os jovens de acordo com as suas necessidades. Bast revela-se aqui uma personagem um tanto estranha, que não achei propriamente fascinante.
Acho sinceramente que teria gostado mais desta história se tivesse mais presente os livros da Crónica do Regicida publicados até agora. Como história isolada não é má, mas deixou-me a sensação que a contextualização lhe traria valor acrescentado.
Classificação: 2/5 – OK