Phyllis Eisenstein foi mais uma estreia para mim. A veterana escritora de fantasia e ficção científica recupera aqui a personagem principal de uma das suas séries, Tales of Alaric the Minstrel, com dois volumes publicados em 1977 e 1989. Esta é, assim, a primeira história de Alaric, o bardo, em 25 anos. Uma curiosidade um pouco lateral ao conto propriamente dito: Phyllis, amigo de George R.R. Martin há muitos anos, foi quem sugeriu ao autor que incluísse dragões nas suas famosas Crónicas de Gelo e Fogo.
Alaric é um bardo com a capacidade de se teletransportar para sítios onde já esteve antes. Nesta história, Alaric junta-se a uma caravana que viaja pelo deserto para comercializar mercadorias, uma vez que deseja conhecer o Grande Deserto e o que está para além dele e, quem sabe, fazer uma nova canção sobre esta viagem. Palio, o chefe da caravana, tem de lidar com o seu estranho filho, que vê constantemente uma cidade-fantasma no horizonte e tenta segui-la. A chegada a uma espécie de entreposto no deserto, onde se daria a troca de bens, acaba por não correr como o previsto e Alaric vê-se obrigada a usar o seu poder especial.
Esta é uma história de muito agradável leitura. A escrita da autora embala e, apesar de o enredo não conter propriamente muitos momentos de ação, acaba por nunca se tornar aborrecida ou desinteressante. Gostei bastante do que a autora mostra da personagem principal, por isso ficou o desejo que tivesse sido mais explorada. Assim que o li o final pareceu-me deixar demasiado por resolver, mas depois de pensar mais um pouco cheguei à conclusão que foi o mais adequado. Fiquei curiosa por ler mais coisas de Phyllis Eisenstein.
Classificação: 4/5 – Gostei Bastante