Paul Cornell era outro autor completamente desconhecido para mim. O conto Uma Forma Melhor de Morrer integra, segundo a introdução à história, “um série de histórias que Paul Cornell tem escrito sobre o espião Jonathan Hamilton no Grande Jogo entre nações numa Europa do século XIX onde a tecnologia seguiu um caminho muito diferente do da nossa linha temporal, explorando a habilidade de abrir e manipular dobras multidimensionais no espaço.” Nesta história, Hamilton já se encontra em final de carreira, e é chamado pelos seus superiores para uma missão especial: terá de encontrar, numa outra dimensão, uma versão mais nova de si próprio, que se tornou numa ameaça para o Rei.
A sensação com que fiquei ao terminar este conto foi a de que apanhei o comboio em andamento. São dados alguns detalhes do funcionamento deste mundo, mas ficam vários conceitos por desenvolver o que, na minha opinião, dificulta a interiorização por parte do leitor deste mundo alternativo. Talvez lido em conjunto com os outros contos que acompanham as aventuras de Hamilton tudo pareça mais consistente e completo, mas a sensação com que fiquei é que teria gostado bastante mais se tivesse um maior conhecimento das personagens, dos cenários e do mundo de uma forma geral. Apesar de me parecer que há aqui boas ideias e que a escrita é bastante competente, deixou a desejar por me parecer que a sua valia não pode ser aqui apreciada individualmente.
Classificação: 2/5 – OK
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