[Opinião] Só o Tempo Dirá, de Jeffrey Archer

25077864Autor: Jeffrey Archer
Título Original:
 Only Time Will Tell (2011)
Série: The Clifton Chronicles #1
Editora: Bertrand
Páginas: 408
ISBN: 9789722529044
Tradutor: Fernanda Oliveira
Origem: Empréstimo

Sinopse: Primeiro volume da série épica que narra a vida de Harry Clifton desde os anos 20. Harry nunca conheceu o pai, que morreu na guerra, e é criado pelo tio nas docas. Uma inesperada bolsa de estudo faz com que a sua vida mude radicalmente. Já adulto, descobre a verdade sobre a morte do pai, mas também surge a dúvida de quem era efetivamente o seu pai. Harry terá de escolher entre ir para Oxford ou alistar-se na marinha para lutar contra Hitler. Das docas da Inglaterra às animadas ruas de Nova Iorque dos anos 40, o início de uma saga que se estende por cem anos.

Opinião: Jeffrey Archer é um nome que ouço há muitos anos, tendo vários dos seus livros sido publicados ao longo dos anos pela Europa-América. Nunca calhou ter lido o que quer que fosse da sua autoria, mas agora que surgiu, pela Bertrand, uma série de novos livros, sobre os quais tenho visto opiniões interessantes, decidi experimentar. 

So o Tempo Dirá é o primeiro da série Clifton, que de momento se prevê ficar com um total de sete. Conta-nos sobre a vida do inglês Harry Clifton, que nasceu nos anos 1920, e promete acompanhá-lo durante muitos mais. Harry foi criado numa casa onde se viviam muitas dificuldades, mas ainda assim a mãe conseguiu vingar e proporcionar-lhe possibilidades de estudar. É na escola que conhece Giles Barrington, proveniente de uma família abastada, que possui mais ligações a Harry do que ele poderia supôr. Todo o enredo anda muito à volta da relação entre estas duas famílias, numa narrativa que avança através do ponto de vista das personagens principais. 

Ao longo desta leitura, lembrei-me muitas vezes da trilogia “O Século”, de Ken Follett, devido ao facto de se tratar de uma saga familiar com contornos novelescos, que vai decorrendo no século XX. Mas o nível de detalhe histórico e contextual é incomparável, sendo que Ken Follett aposta muito mais em entrelaçar os acontecimentos históricos com a vida das suas personagens e, enquanto isso, vai ensinando ao leitor um pouco de História. Aqui, o contexto histórico vai sendo referido aqui e ali, mas não é, de todo, algo muito importante. Pareceu-me que os inícios do século XX foram uma época que deu jeito ao autor e à história que ele queria contar, ou seja, a comunicação precária (pelo menos comparando com a que existe atualmente) foi o campo propício a uma série de encontros, desencontros e mal-entendidos que a história contém.

Sinceramente, achei a escrita básica, por vezes até básica demais. A história não é nada de extraordinário. Mas a verdade é que não se consegue parar de ler. Estão a ver quando vamos a um Burger King da vida, sabemos que a comida faz mal mas comemos como se não houvesse amanhã? No final ficamos com algum sentimento de culpa, mas se for preciso no dia seguinte estamos lá outra vez? Foi mais ou menos o que me aconteceu com este livro. Sei que estou a ler um livro que dificilmente ficará para a história, que há milhentos livros do género bem melhores, que não aprendi grande coisa, mas a verdade é que me diverti. E às vezes também é bom divertirmo-nos com o que estamos a ler. Daí que acabei este volume e parti logo para o segundo; depois conto como foi.

Classificação: 3/5 – Gostei

mae-billboard

Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.