Autor: Jeffrey Archer
Título Original: The Sins of the Father (2012)
Série: The Clifton Chronicles #2
Editora: Bertrand
Páginas: 368
ISBN: 9789722530118
Tradutor: Fernanda Oliveira
Origem: Empréstimo
Opinião: [Contém alguns spoilers do primeiro volume] Depois de ter devorado o primeiro volume da série Harry Clifton, parti de imediato para o segundo volume, que felizmente tinha disponível, movida pela curiosidade de saber o que acontecia ao jovem Harry depois do cliffhanger em que o autor deixou a história.
A vontade de Harry em participar na 2.ª Guerra Mundial leva-o a uma viagem de barco que acaba em tragédia, tendo Harry decidido assumir a identidade de um companheiro de tripulação americano. A seu ver, o sofrimento que a sua suposta morte traria aos seus entes queridos seria suplantada pelos problemas que resolveria. Mas o que Harry não esperava era que, ao chegar aos Estados Unidos, fosse preso por crimes de que a pessoa de quem assumiu a identidade cometeu. Este novo volume da série, que recupera a técnica dos pontos de vistas das personagens principais, foca-se essencialmente na estadia de Harry na prisão e na forma como se desenvencilhou e na busca da sua amada Emma, que se recusa a acreditar que ele morreu.
A voracidade com que li o primeiro volume esmoreceu bastante nesta segunda parte. As características do enredo que me fizeram avançar na leitura do primeiro volume e fechar um pouco os olhos às fragilidades que revelava, esbatem-se em Os Pecados do Pai e acabam por evidenciá-las. O enredo torna-se demasiado novelesco e cheio de coincidências improváveis para que pessoalmente pudesse alcançar a chamada suspensão da descrença. Dei por mim a arrastar a leitura e a questionar-me quando é que o livro terminaria. Depois, chega-se ao fim e lá está mais um cliffhanger, tentando garantir que o leitor está de volta para o terceiro volume, mas fazendo, ao mesmo tempo, com que estejamos perante um livro que não tem princípio nem fim.
Recuperando a analogia do hambúrguer que fiz na opinião do primeiro volume, voltei ao Burger King no dia seguinte, fiquei mal-disposta com o que comi e provavelmente já não irei voltar.
Classificação: 2/5 – OK