Autor: J.D. Robb
Ano de Publicação: 2002
Série: In Death #15
Páginas: 384
Louie Cogburn had spent three days holed up in his apartment, staring at his computer screen. His pounding headache was unbearable – it felt like spikes drilling into his brain. And it was getting worse. Finally, when someone knocked at his door, Louie picked up a baseball bat, opened up the door, and started swinging… The first cop on the scence fired his stunner twice. Louie died instantly. Detective Eve Dallas has taken over the investigation, but there’s nothing to explain the man’s sudden rage or death. The only clue is a bizarre message left on his computer screen: ABSOLUTE PURITY ACHEIVED
And when a second man dies under near-identical circumstances, Eve starts racking her brain for answers and the courage to face the impossible…that this might be a computer virus able to spread from machine to man….
Opinião: No presente contexto que se vive na Europa, com ataques a liberdades pessoais e o ressurgir de movimentos extremistas, não deixa de ser curiosa a coincidência relativamente ao caso desenvolvido neste livro e das reflexões, bastante atuais que suscita. A nossa detetive preferida vê-se perante a existência de um grupo chamado Purity (Pureza) que ataca indivíduos escolhidos a dedo pelo seu passado criminoso. Estas pessoas são infetadas por um vírus transmitido por via tecnológica – elemento que recorda, e bem, o leitor de que estamos perante uma série que decorre num futuro não muito longínquo, mas visivelmente diferente por via das novidades tecnológicas e da exploração extraterrestre – que os leva a um estado de realidade alternativa, que evoluiu para uma morte provocada por feridas internas.
Eve Dallas não demora a perceber que as mortes sucessivas são obra de uma entidade que reclama para si o ónus de fazer justiça pelas próprias mãos, procurando eliminar os indivíduos que consideram estar a mais na sociedade. E aqui está o tema do livro que considero ser bastante atual, no contexto dos atos de terrorismo que temos presenciado ultimamente; julgo que o facto de este livro ter sido publicado pouco tempo após o 11 de setembro não será alheio a isto. Várias questões são levantadas em termos de liberdade individual, do papel da justiça e do falhanço do Estado e da própria sociedade em cuidar dos casos socialmente mais complicados, e sinceramente gostei da abordagem.
A autora tenta, como de costume, entrelaçar o caso que serve de base a este livro com a vida pessoal das personagens principais e secundárias da série: Eve fica perturbada por uma vítima colateral dos casos que investiga, pelo paralelismo com as situações traumatizantes que experienciou em criança – algo que me pareceu um pouco repetitivo em relação a volumes anteriores; Ian McNab é também uma vítima coleteral e a sua condição frágil acaba por proporcionar uma evolução importante na sua relação com Peabody, ainda que me tenha parecido um bocado novelesca.
Em suma, desta vez gostei mais do caso e das suas implicações do que das histórias pessoais; de qualquer forma, é sempre um conforto regressar a esta série e a personagens que já são como amigas.
Classificação: 3/5 – Gostei