Autor: J.K. Rowling
Ano de Publicação: 2007
Páginas: 831
Sinopse: Harry has been burdened with a dark, dangerous and seemingly impossible task: that of locating and destroying Voldemort’s remaining Horcruxes. Never has Harry felt so alone, or faced a future so full of shadows. But Harry must somehow find within himself the strength to complete the task he has been given. He must leave the warmth, safety and companionship of The Burrow and follow without fear or hesitation the inexorable path laid out for him. In this final, seventh installment of the Harry Potter series, J.K. Rowling unveils in spectactular fashion the answers to the many questions that have been so eagerly awaited. The spellbinding, richly woven narrative, which plunges, twists and turns at a breathtaking pace, confirms the author as a mistress of storytelling, whose books will be read, reread and read again.
Opinião: Ao terminar, uma vez mais, a leitura da série Harry Potter, descobri uma coisa curiosa: a sensação de vazio quando termino está a tornar-se cada vez maior. Talvez a maturidade, o passar dos anos e as experiências vividas me façam compreender melhor o amor, a amizade e a perda – temas centrais destes livros – e, por isso, a identificação com esta história ganhe raízes. Do que tenho a certeza é que, quando termino de ler esta série, fico com saudades. Saudades daquele mundo mágico que a autora soube criar de forma tão consistente, das personagens que vimos crescer e da força da amizade e do amor.
O que seria o último ano de Harry e seus amigos em Hogwarts transforma-se antes numa missão que lhe é deixada por Dumbledore: encontrar os hoarcruxes, objetos que contêm as partes da alma de Voldemort, e destruí-los. Para além de não saber ao certo o que são os hoarcruxes ou onde se localizam, Harry e os amigos têm de se esconder dos devoradores da morte, seguidores de Voldemort, enquanto se vêem obrigados a procurá-los em locais perigosos. O final que o leitor espera é aquele que encontra, de forma pouco surpreendente, apesar de os caminhos para o alcançar apresentarem algumas surpresas.
É certo que este último livro da série tem partes bastante lentas e, arrisco-me mesmo a dizer, desnecessárias. Arrastam a narrativa e tiram-lhe dinâmica, e isso para mim foi a pior parte do livro. O melhor é a história de Snape, de partir o coração. Snape é a personagem mais interessante da história, aquela que acaba por representar melhor o limite ténue entre o Bem e o Mal, a demonstração suprema do poder benéfico do amor; a sua história é aquela que nunca deixa de me impressionar.
No final de contas, o que fica é a sensação de vazio, de que falava no início, porque estas personagens e o seu percurso acabam por fazer parte de nós, leitores. Fica também a certeza que, mais tarde ou mais cedo, a elas regressarei.
Classificação: 4/5 – Gostei Bastante