Autor: Henry James
Título Original: The Europeans, A Sketch (1878)
Editora: Europa-América / DN
Páginas: 136
ISBN: 9789721048003
Tradutor: Isabel Veríssimo
Origem: Comprado
Opinião: Os Europeus era o último dos três livros que tinha deste autor cá por casa; Daisy Miller e Washington Square não se revelaram leituras memoráveis e para ser muito sincera não esperava que este fosse, mas ainda assim decidi lê-lo e perceber se à terceira era de vez que decidia que este autor clássico não era propriamente a minha praia.
Não acontece muita coisa em Os Europeus. Ao contrário do que sucede em Daisy Miller, aqui a “ação” decorre na América com a visita de dois irmãos europeus: a baronesa Eugenia Münster e o seu irmão Félix. Eugenia era casada com o irmão de um príncipe europeu, mas devido à sua falta de raízes nobres foi posta e lado, e por isso decide rumar à América em busca de uma fortuna, que espera encontrar nos familiares que lá residem. E o livro basicamente gira em torno da chegada de ambos ao país, das interações com os familiares e do choque de culturas e mentalidades.
Penso que o tema principal do livro é o confronto entre realidades e modos de estar diferentes: o puritanismo dos residentes na América (em concreto em Boston, na Nova Inglaterra) contra o lasso modo de vida europeu ou a rigidez e taciturnidade de Eugenia contra o feitio fácil e alegre do seu irmão Félix. A forma interessante, ainda que por vezes algo implícita, como este tema é desenvolvido acaba por ser, quanto a mim, o ponto alto do livro. Também gostei da escrita de Henry James, que continua muito na linha do que já conhecia. Mas de resto, tenho pouco a destacar: não senti particular afinidade pelas personagens principais ou secundárias e acho que é preciso estar num estado de espírito particular para não sentir algum aborrecimento com a falta de acontecimentos que façam o enredo avançar ou ganhar algum interesse. Infelizmente, não me aconteceu.
Dei três hipóteses ao Henry James e em nenhuma delas me cativou o suficiente para me parecer valer a pena continuar a explorar a sua obra. Por um lado, sinto alguma pena, mas por outro não deixa de ser positivo ir descartando autores da minha infindável lista de interesses.
Classificação: 2/5 – OK