The Theory of Everything (A Teoria de Tudo) adapta ao grande ecrã o livro Travelling to Infinity – My Life with Stephen (em Portugal tem o título Viagem ao Infinito, que ainda não li) escrito pela primeira mulher do famoso físico inglês Stephen Hawking. A primeira versão deste livro viu a luz do dia em 1999, mas apareceu outra em 2008, pelos vistos com várias alterações, que foi a que serviu de base a este filme.
A história tem início em 1963, quando o jovem Stephen Hawking, na época a frequentar a universidade, conhece Jane, que viria a tornar-se a sua primeira esposa. Os dois levam a sua relação avante, mesmo após Stephen ser diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (a tal doença que deu origem ao desafio Ice Bucket Challenge, que há pouco tempo andou a circular pelas redes sociais) e lhe terem sido dados apenas 2 anos de vida.
Este é um filme que, tendo em conta o material que lhe serve de base, se foca mais na vida pessoal do casal do que propriamente nas teorias revolucionárias que o físico trouxe à luz do dia, relacionadas com a singularidade e os buracos negros. A história de amor é importante, mas não se pense que são só coraçõezinhos cor-de-rosa e finais felizes: assistimos ao progredir de uma relação dificultada pela doença que acometeu Stephen e a força e coragem que Jane teve de ter para viver com ela no dia-a-dia e “segurar o barco”.
É um filme agradável de ver e que consegue passar a mensagem que pretendia passar. Conta uma história interessante e que cativa. Na minha opinião, o que eleva este filme de meramente interessante a algo digno de nota é a fantástica interpretação de Eddie Redmayne. A sério, não há palavras que a descrevam com justiça, mas apenas o facto de me ter feito acreditar que estava a ver uma pessoa a sucumbir lentamente àquela doença talvez vos dê uma ideia. Ainda não vi os filmes dos outros nomeados para “Melhor Ator”, mas digo desde já que se a estatueta for parar a este menino fica muito bem entregue.