Autor: David Hewson
Título Original: The Killing (2012)
Série: The Killing #1.1
Editora: Dom Quixote
Páginas: 483
ISBN: 9789722051019
Tradutor: Ricardo Gonçalves
Origem: Comprado
Opinião: Apeteceu-me começar 2015 com um daqueles livros que não se conseguem largar. Como é óbvio, não sabia se este primeiro volume da série The Killing (que corresponde à primeira metade do primeiro livro original) iria proporcionar-me essa leitura ávida, mas pelos comentários que tinha lido ao livro acreditei que sim. E, felizmente, foi o que se passou.
Ao contrário do que é habitual, desta vez é o livro que se baseia na série televisiva dinamarquesa com o mesmo nome, que foi transmitida entre 2007 e 2012 e teve três temporadas. A personagem central da história é a detetive Sarah Lund, que se encontra prestes a abandonar o seu trabalho na polícia dinamarquesa para rumar à Suécia com o namorado e o filho e iniciar, assim, uma nova vida. Contudo, no última dia de trabalho surge um caso macabro, quando a jovem Nanna Birk Larsen é encontrada morta dentro de uma carrinha no fundo de um lago.
Sarah Lund decide prolongar um pouco a sua estadia na Dinamarca, porque a brutalidade do crime e o mistério que o envolve exercem uma pressão muito forte sobre ela e a sua vocação para a profissão não a deixa pensar noutra coisa. À medida que vão sendo descobertas pistas e encontrados possíveis suspeitos, vamos também seguindo uma intriga secundária, de cariz político, que envolve a corrida para Presidente da Câmara de Copenhaga. Esta sub-trama, por assim dizer, acaba por se entrelaçar com o crime central, de forma algo previsível.
A escrita é muito básica, e a história narrada de forma algo superficial e fragmentada – isto deve-se, muito provavelmente, ao facto de seguir de perto os diálogos e cenas da série (não sei porque ainda não a vi, mas conto fazê-lo). Na verdade, centrando-se tão firmemente no desenvolvimento do caso policial, fica pouco espaço para grandes floreados ou desenvolvimento de personagens. A maior parte do texto é composto por diálogos simples e por descrições, por vezes em excesso de quantidade, do aspecto de pessoas e locais, mas que, estranhamente, acabam por proporcionar uma leitura super-rápida que, aliada a um caso policial muito interessante, torna quase imparável o virar de páginas.
Não é um livro perfeito, longe disso. Mas é uma leitura viciante, que entusiasma pela vontade de conhecer a resolução do caso policial que é o centro desta história. Parto de imediato para a leitura do segundo volume.
Classificação: 3/5 – Gostei