Autor: Julia Quinn
Ano de Publicação: 2012
Série: Smythe-Smith Quartet #2
Páginas: 384
Daniel Smythe-Smith might be in mortal danger, but that’s not going to stop the young earl from falling in love. And when he spies a mysterious woman at his family’s annual musicale, he vows to pursue her. But Daniel has an enemy, one who has vowed to see him dead. And when Anne is thrown into peril, he will stop at nothing to ensure their happy ending …
Opinião: Volta e meia, lá regresso eu a uma das minhas autoras preferidas dentro do género “romance romântico”. Se seguem este blogue com alguma atenção, já devem ter percebido que gosto bastante da Julia Quinn e que recorro aos seus livros amiúde quando me apetece descontrair um pouco. No caso deste livro, até foi para aliviar um pouco a leitura algo pesada que está a ser A Sangue Frio.
Iniciei a série Smythe-Smith Quartet no ano passado, e como não adorei o primeiro livro fui adiando a leitura do segundo. Esta série está relacionada com a série mais conhecida da autora, os Bridgertons, porque torna protagonistas algumas das personagens secundárias que foram aparecendo naquela. No primeiro livro, a protagonista foi Honoria Smythe-Smith, uma das irmãs dos afamados (pelos piores motivos) concertos anuais da família; desta vez, o elemento da família a quem cabe o protagonismo é o recém-chegado do estrangeiro, Daniel Smythe-Smith, que viveu exilado durante 3 anos em vários países europeus devido a um duelo que correu mal e à vontade de vingança do pai do homem que enfrentou. Mas a perseguição parece ter finalmente terminado e Daniel regressa ao seu país mesmo a tempo de assistir a um dos tais concertos, onde Anne Wynter, uma governanta da família, ocupou o lugar de um dos membros do conjunto que se viu impossibilitado de tocar.
Daniel e Anne compõem o casal protagonista deste livro e, como seria de esperar pela posição social dela, os dois têm de ultrapassar alguns obstáculos para ficarem juntos. Mas não é só isso, Anne esconde vários segredos do seu passado, naquilo que me pareceu um artifício conveniente e não muito convincente para criar ainda mais dificuldades ao esperado final feliz.
Eu tive vários problemas com este livro, começando pelo protagonista banal. Daniel não tem, quanto a mim, nada que o torne memorável ou digno de nota. Não me pareceu uma personagem particularmente interessante. Anna é melhor como protagonista, pelas dificuldades que teve de enfrentar na vida, mas a inconstância que detetei em algumas das suas atitudes irritou-me um bocado. Em relação à química entre os dois, acho que deixa muito a desejar. Não é só o romance ser mais fofinho do que intenso (à semelhança do que já tinha sucedido no primeiro livro), é mesmo porque tudo me pareceu muito sem chama. Num livro que se foca principalmente no romance entre duas personagens convém que o leitor o ache credível e interessante, senão é a morte do artista, como se costuma dizer.
Acabei por gostar mais de algumas personagens secundárias do que das principais: Hugh Prentice, o tal homem com quem Daniel teve o duelo, pareceu-me muito interessante (é um dos protagonistas do terceiro livro da série), bem como a pequena Frances.
Feitas as contas, foi um livro que acabou por me desiludir. Tirando alguns momentos de bom humor, a que a autora já nos habituou, e algumas personagens secundárias interessantes, é um livro que não me ficará na memória. Conto, ainda assim, continuar a série para ver se melhora.
Classificação: 2/5 – OK