[Opinião] Conspiracy in Death, de J.D. Robb

12293684Autor: J.D. Robb
Ano de Publicação: 1999
Série: In Death #8
Páginas: 496

Sinopse: In the late 21st century, on the streets of New York City, a street sleeper is found murdered, his diseased heart removed with surgical precision. His death would typically drop to the bottom of a list of senseless and inexplicable killings, but Lieutenant Dallas, who “would stand for the dead and the living,” is not about to let that happen. When her research uncovers similar crimes in several cities that were dropped under mysterious circumstances, Dallas knows she’s facing a killer cruel enough to prey on the weakest in society and powerful enough to conspire an extensive coverup. To complicate matters further, Dallas faces an equally troubling threat to her career when she’s linked to the death of a fellow cop. Now she must fight to restore her good name as well as track down the killer.
 

Opinião: No oitavo livro da série In Death, Eve Dallas vê-se perante o caso de um sem-abrigo que aparece morto na rua, sem o coração que lhe foi cirurgicamente retirado. A estranheza da situação leva Eve a desconfiar que esta morte tem mais do que parece à primeira vista e não demora a descobrir referências de casos semelhantes no país e noutros locais do mundo. Ao mesmo tempo, Eve tem alguns problemas no emprego, uma vez que entra em conflito com uma colega que, eventualmente, leva a que Eve perca o seu distintivo e tenha de abandonar temporariamente o seu trabalho como detetive.

O caso policial deste livro aproveita melhor os avanços tecnológicos do ano 2059 do que casos de livros anteriores, mergulhando em temas médicos que levantam várias questões morais, nomeadamente a nível de transplantes. O caso é complexo, pela multiplicidade de desenvolvimentos e pessoas envolvidas, e interessante pelos temas que foca, mas tem o defeito de ter, outra vez, várias vítimas e de apresentar uma resolução que coloca, outra vez, Eve em perigo no final. Se calhar o problema é meu por estar a ler a série de rajada, mas mesmo assim é difícil não começar a ter a sensação de “mais do mesmo”.

A melhor parte do livro é, sem dúvida, a fase em que Eve perde o seu distintivo de detetive, com as consequências devastadoras que este acontecimento tem para ela. Eve sempre apareceu como uma personagem forte e dura, apesar de todos os seus traumas passados, mas aqui conhecemos-lhe uma vulnerabilidade sem precedentes por ter perdido – ainda que temporariamente – aquilo que ela considera ser a sua força, o que a fez quem é. Penso que foi um momento que permitiu à personagem crescer. Para além disso, Eve começa também a recordar mais coisas sobre o seu passado e a sombra da sua mãe desconhecida começou a pairar aqui e ali, deixando adivinhar que este é um tema a que vamos regressar.

Continuo a gostar bastante da série, apesar de talvez ser boa ideia tentar espaçar mais as leituras, de modo a que a tal sensação de “mais do mesmo” se desvaneça.

Classificação: 3/5 – Gostei

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.