Autor: J.D. Robb
Ano de Publicação: 1997
Série: In Death #6
Páginas: 464
Opinião: Já me vão começando a faltar as palavras para descrever a experiência de leitura da série In Death, sem me repetir muito. Neste momento, posso confessar-me viciada nas aventuras e desventuras de Eve, Roarke e companhia e curiosa por continuar a acompanhar as suas vidas atribuladas.
Vengeance in Death tem como tema principal, como o título indica, a vingança. Temos aqui mais um serial killer que telefona a Eve pouco antes de cometer os seus crimes, dando-lhe pistas em forma de adivinhas, sempre com um forte teor religioso. À medida que as vítimas se vão sucedendo, Eve consegue relacioná-las com um acontecimento do passado de Roarke, na Irlanda, e começa a temer pela sua segurança. Summerset, o mordomo de Roarke que não nutre grande simpatia por Eve, parece o principal suspeito, mas, como é fácil adivinhar, nem tudo o que parece é.
O caso é interessante e está bem desenvolvido; para isso, muito contribui a relação estreita entre a vida pessoal das personagens e os crimes cometidos. Na verdade, caso policial e desenvolvimentos pessoais de e entre personagens não são duas partes estanques deste livro, e está tudo tão bem interligado que o livro se torna praticamente impossível de largar. A relação entre Eve e Roarke continua a não ser linear, e desta vez a questão das cedências de parte a parte são abordadas e bem discutidas. No fim, como seria de esperar, estas questões são resolvidas, mas gosto que a relação de ambos (apesar de algumas partes mais melosas) tenha ainda muito campo para desbravar.
Diria que Vengeance in Death foi o melhor livro da série até agora, por tudo o que disse acima e porque tem uma intensidade emocional bastante forte. Não leva a nota máxima (como duvido que algum livro da série levará) por causa de alguma previsibilidade em certas situações e de começar já a notar a utilização de uma fórmula nos casos policiais – em especial nos acontecimentos que levam à revelação final. Mas tudo o resto vale a pena: personagens (Ian McNab, um geek perito em tecnologia, é a última agradável “aquisição”) e desenvolvimento entre elas, enredos cativantes, escrita despretenciosa.
Uma nota final para algo que não tenho referido nas minhas opiniões: estou a ler estes livros em formato audiobook, que me têm acompanhado nas intermináveis tarefas domésticas e ajudado a torná-las menos fastidiosas. Tem sido uma excelente experiência, não só porque me permite aproveitar todos os bocadinhos, mas também porque Susan Eriksen, a narradora, faz um excelente trabalho de interpretação, de tal modo que sei de imediato quem está a falar sem precisar de grande atenção. Muito bom.
Classificação: 4/5 – Gostei Bastante