[Opinião] O Silo, de Hugh Howey

18524135Autor: Hugh Howey
Título Original:
Wool Omnibus (2011-2012)
Série: Silo #1
Editora: Editorial Presença
Páginas: 528
ISBN: 9789722351409
Tradutor: Alberto Gomes
Origem: Comprato

Sinopse: Num mundo pós-apocalíptico, encontramos uma comunidade que tenta sobreviver num gigantesco silo subterrâneo com centenas de níveis, onde milhares de pessoas vivem numa sociedade completamente estratificada e rígida, e onde falar do mundo exterior constitui crime. As únicas imagens do que existe lá fora são captadas de forma difusa por câmaras de vigilância que deixam passar um pouco de luz natural para o interior do silo. Contudo há sempre aqueles que se questionam… Esses são enviados para o exterior com a missão de limpar as câmaras. O único problema é que os engenheiros ainda não encontraram maneira de garantir que essas pessoas regressem vivas. Ou, pelo menos, assim se julga…

Opinião: Este livro tem uma história curiosa, por ser diferente daquilo que é a publicação tradicional. Em Julho de 2011, Hugh Howey publicou via Amazon um conto, Wool, e o sucesso que alcançou junto dos leitores fez com que o autor tivesse decidido publicar a continuação, num total de 5 partes (que foram incluídas neste livro). Posteriormente, o autor publicou mais histórias que funcionam como prequelas (Shift) e uma história que é cronologicamente posterior a este O Silo (Dust).

Num futuro aparentemente distante, uma comunidade de humanos vive debaixo da terra, num silo com quase 150 andares abaixo do solo. Sabemos, inicialmente, que o ar exterior está cheio de toxinas e que os seres humanos não conseguem lá sobreviver, bastando que alguém expresse a vontade de sair para que seja “condenado” a fazê-lo e, de caminho, a limpar as câmaras e sensores que permitem ao silo ter uma visão sobre o que se vai passando lá fora. Holston, o xerife do silo, escolhe este destino, 3 anos após a sua esposa ter feito o mesmo. O que os terá levado ao exterior de livre e espontânea vontade, sabendo que a morte era o destino certo? A nova xerife, Juliette, recrutada da Manutenção, vê-se perante este dilema, bem como algumas mortes que parecem tudo menos coincidência.

À medida que a leitura vai prosseguindo, várias questões se acumulam na mente do leitor: porque é que estas pessoas estão todas enfiadas dentro de um silo? O que é que tornou o ar tóxico? As pessoas do silo são as únicas sobreviventes da aparente catástrofe que os colocou lá dentro? O que é verdade e o que é mentira?, entre muitas outras. São estes enigmas, aliados à escrita cativante e às personagens bem desenvolvidas (a história vai sendo contada sob pontos de vista de várias delas), que tornam O Silo num livro de leitura quase compulsiva.

Finda a leitura, ficam algumas pontas por atar. Esse é, talvez, o maior defeito do livro, mas julgo que esta questão será resolvida nos restantes livros da série que pretendo, sem dúvida, ler em breve. Esta é uma distopia que vale a pena ler. Recomendado.

Classificação: 4/5 – Gostei Bastante

mae-billboard

Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.