Autor: Emylia Hall
Título Original: The Book of Summers (2012)
Editora: Civilização
Páginas: 304
ISBN: 9789722635240
Tradutor: Isabel Alves
Origem: Comprado
Opinião: Gosto de livros que alternem linhas temporais, bem escritos e que contenham em si segredos importantes para o enredo, que fazem com que o leitor se entusiasme durante a leitura para perceber, afinal, que segredos são esses. Algumas das minhas autoras favoritas a escrever livros do género são Kate Morton ou Susanna Kearsley (curioso, só me lembro de mulheres) e, como são livros de que costumo gostar bastante, ando sempre à procura de novos autores dentro do género (a título de curiosidade, podem ver uma lista aqui). Este Álbum de Verão prometia ser um desses livros, mas acabou por ficar bastante aquém das expectativas.
A protagonista do livro é Beth Lowe, uma mulher na casa dos 30 anos que, através do seu pai, recebe uma encomenda oriunda da Hungria. Nela, está a notícia da morte da sua mãe, Marika, que não via há 14 anos; e está também um álbum de fotos, documentando cada um dos 7 verões que Beth passou na Hungria com a mãe, entre os seus 9 e 16 anos. O motivo pelo qual Beth deixou de ir à Hungria visitar a mãe e cortou qualquer contacto com ela é o segredo que funciona como motor da história.
E assim, voltando atrás no tempo, vamos acompanhando Beth nas suas férias de verão, na relação com a mãe, que Beth sempre trata por Marika, uma mulher imprevisível, que segue o seu coração. E nas semanas que Beth passa com a mãe, a jovem sente-se em casa e passa o resto do ano a ansiar pela chegada das férias de verão, também para ver Támas, o rapaz por quem se apaixona.
Ter demorado quase 2 semanas para ler um livro de 300 páginas não pode ser bom sinal, pois não? A verdade é que achei o livro aborrecido. Beth vai recordado os verões que passou na Hungria, mas nada parece acontecer. Basicamente, temos descrições da Natureza, passeios, paixonetas e pouco mais. Ao longo dos anos, Beth passa apenas 1-2 semanas na Hungria e o resto do tempo com o pai em Inglaterra. Mas pouco nos é dito sobre todo o resto do ano, e a relação de Beth com o pai é pouco desenvolvida. A revelação final foi inesperada, mas ainda assim não teve grande impacto em mim e tive algumas dificuldades em perceber o radical corte de relações.
Gostei da escrita de Emylia Hall, apesar de me ter parecido um pouco palavrosa amiúde. Mas foi só isso, porque a nível de história e personagens houve pouco que me cativasse.
Classificação: 2/5 – OK