Autor: Susanna Kearsley
Título Original: Mariana (1994)
Editora: Edições ASA
Páginas: 352
ISBN: 9789892321684
Tradutor: Isabel Alves
Origem: Comprado
Opinião: Depois de dois livros de que gostei muito (Sophia’s Secret e The Firebird), Susanna Kearsley tornou-se naquelas autoras em que tenho uma boa dose de confiança, sendo quase certo que os seus livros me vão agradar. Mariana foi um dos primeiros trabalhos da autora (o livro tem 20 anos) e isso, juntamente com o facto de ter lido que tinha algumas semelhanças com Sophia’s Secret, fizeram-me baixar um bocado as expectativas.
A protagonista do livro é Julia Becket, uma ilustradora de livros infantis que vive em Londres, mas sempre que passa junto de uma determinada casa de campo sente-se atraída por ela e acaba, eventualmente, por adquiri-la. Enquanto está em mudanças e no processo de conhecer os habitantes da localidade, Julia começa a ter uma espécie de flashbacks de uma vida passada, e vê-se na pele da jovem Mariana Farr, no século XVII e da sua paixão pelo nobre Richard de Mornay.
É uma história sobre vidas passadas, reencarnação e o poder do destino. Pessoalmente, não são temas em que acredite, mas isso não me impediu de gostar deste livro. As semelhanças com Sophia’s Secret são inegáveis, e arrisco-me mesmo a dizer que Mariana foi uma espécie de embrião daquele livro, uma versão menos desenvolvida e um pouco menos emotiva do livro que chegaria 14 anos depois. A comparação talvez seja um pouco injusta, mas no que me diz respeito acaba por ser inevitável. O livro tem uma revelação mesmo no final que põe a história numa perspetiva bastante diferente e que dá vontade de voltar ao início e reler tudo.
Mariana é um livro bem escrito, cativante e que, apesar de tratar de temas que possam não apelar a todos os leitores, acaba por fazê-lo de forma convincente. Parece-me um bom ponto de partida para a obra desta autora, mas a recomendação é que se vão lendo as suas obras de forma espaçada, de modo a que os livros possam ser apreciados pelo seu valor e as comparações sejam as menores possíveis.
Classificação: 3/5 – Gostei