Autor: Madeleine L’Engle
Título Original: A Wrinkle in Time (1962)
Série: A Wrinkle in Time #1
Editora: Oficina do Livro
Páginas: 240
ISBN: 9789897410949
Tradutor: Susana Serrão
Origem: Passatempo
Opinião: É ponto assente que a idade com que lemos determinado livro é fundamental para a experiência de leitura e o impacto que aquele tem sobre nós. Apesar de continuar a achar que não se pode definir uma idade certa para ler um livro, porque somos todos diferentes e as nossas diferentes experiências de vida condicionam de forma diversa o que retiramos da leitura, também penso que há, normalmente, um momento ótimo em que essa leitura causa mais impacto em nós.
Esta pequena introdução já deve ter servido para perceberem que, definitivamente, este livro não me encontrou nesse momento ótimo. Eu já devia suspeitar que isto ia acontecer, antes de iniciar a leitura, porque normalmente livros infantis/juvenis/YA deixam-me um bocado indiferente pela falta de identificação com os temas abordados e o meu gosto por enredos e personagens com maior complexidade. Contudo, motivada pela constante presença deste livro em listas de melhores livros de ficção científica e por ser um clássico que parece ter sobrevivido ao teste do tempo, decidi arriscar.
Em linhas gerais, o livro fala de um grupo de dois irmãos (Meg e Charles Wallace) e um amigo (Calvin) que conhecem outro grupo de três estranhas senhoras, e que se veem envolvidos na busca pelo pai desaparecido de Meg e Charles. Essa busca envolve viagens espaciotemporais que passam por outros planetas do universo e o aparecimento do mau da fita, aqui com uma representação algo vaga e sinistra.
É um livro que tem méritos e que trata de temas interessantes, como a importância de nos aceitarmos como somos e de lutarmos por aquilo que achamos correto. Mas, lá está, é escrito num tom demasiado juvenil para o meu gosto e, por esse motivo, falhou em me captar o interesse e fazer-me preocupar com o desenlace da história. Foi pena.
Classificação: 2/5 – OK