O sexto número da Clarkesworld traz dois contos de autores de quem nunca tinha ouvido falar. A ilustração da capa entitula-se “The Mad Key-Man” e é da autoria de Tomasz Pietrzyk.
“Clockmaker’s Requiem“, Barth Anderson
E se o tempo não fosse uma coisa objetiva, e pudesse ser maleável de acordo com a vontade humana? É esta a premissa deste conto, em que a relojoeira Krina se vê perante um relógio idealizado por um aprendiz, que pretende unificar o tempo e fazê-lo igual para todos. Ao contrário dos seus relógios, que dão a possibilidade de refazer o mundo em que vive, este novo relógio parece impessoal e ameaça romper com a tradição. Gostei muito da premissa deste conto e achei a escrita acima da média, apesar de um pouco confusa, por vezes. Talvez a história precisasse de mais espaço para dar bases mais sólidas a este mundo original. – 3/5
“Something in the Mermaid Way“, Carrie Laben
Este conto curtinho fala sobre uma família numa ilha que ganha a vida a produzir sereias em miniatura feitas de partes de pele de macaco e de salmão. Da pouca informação fornecida, parece que este negócio prospera devido ao desaparecimento das sereias verdadeiras, pelo que os marinheiros desejam recordações. E a história é pouco mais do que isto. O fim é algo macabro, mas a aparente falta de objetivo da história aliada à falta de um desenvolvimento de enredo e personagens que prenda o leitor fazem com que este conto não seja particularmente memorável. – 1/5