Autor: Stephen King
Ano de Publicação: 1982
Série: Dark Tower #1
Páginas: 238
Editora: New English Library
ISBN: 9780340829752
Origem: Empréstimo
He is a haunting figure, a loner on a spellbinding journey into good and evil. In his desolate world, which frighteningly mirrors our own, Roland pursues The Man in Black, encounters an alluring woman named Alice, and begins a friendship with the Kid from Earth called Jake. Both grippingly realistic and eerily dreamlike, The Gunslinger leaves readers eagerly awaiting the next chapter.
Opinião: Nunca tinha lido nada de Stephen King antes de ter pegado neste livro. Não por algum motivo em especial, até porque para além deste tenho também A Luz em fila de espera, mas porque pura e simplesmente ainda não tinha calhado. Expectativas eram muitas, porque é um autor normalmente tido em boa conta por leitores e críticos, por isso foi com bastante entusiasmo que iniciei esta leitura.
A minha é uma edição revista deste livro que saiu originalmente em 1982. Mais de 20 anos após ter saído, Stephen King decidiu fazer alguns ajustes na história, principalmente para eliminar incoerências relativamente a livros posteriores da série e adicionar algumas coisas que ele entendeu valorizarem o livro, como explica no prefácio. Contudo, essas alterações, diz ele, não alteram de forma significativa nem a história nem o estilo de escrita.
A personagem principal do livro é precisamente o pistoleiro a que o título alude. No início da história, Roland (assim é o seu nome, apesar de só ser revelado mais à frente da narrativa) encontra-se no deserto e sabemos que persegue um homem vestido de negro, que é perito em apagar o seu rasto, deixando para trás apenas aquilo que quer que Roland encontre. Esta perseguição é o enredo central do livro, mas apesar disso o leitor mal vislumbra os motivos que a originaram. Sabemos que esse homem é um feiticeiro, que a perseguição está, de algum modo, relacionada com o passado de Roland e com a existência de uma Torre Negra, mas é só isto.
Percebo que o autor tenha tentado criar uma aura de mistério em redor da personagem e da sua demanda, mas acho sinceramente que exagerou. É suposto o leitor sentir-se intrigado pelas motivações da personagem, pelo mundo pós-apocalíptico com toques de western, e de facto senti-me intrigada. Mas quando percebi que este primeiro volume não me traria praticamente respostas, fiquei desiludida. Ao longo do seu caminho, Roland vai encontrando algumas personagens interessantes e vão surgindo acontecimentos que levam a flashbacks da sua vida, e isto sem dúvida ajuda a torná-lo uma personagem mais real e próxima do leitor. Contudo, para mim isso nunca foi suficiente. Foi esta conjugação de enredo e contexto vagos com uma personagem central que não despertou o meu interesse que me levou a não apreciar este livro. De um modo geral, até gostei da escrita. Achei-a crua, intrigante e, por vezes, poética. Mas lá está, o enredo e as personagens não me agarraram e só isso acabou por não ser suficiente para mim.
Não pretendo desistir de Stephen King, apesar de não ter apreciado este livro. A série não é para continuar (apesar de já ter lido algures que o primeiro livro não é o melhor da série e que para a frente fica bem melhor), mas pretendo ler outras coisas do autor. Se tiverem sugestões, serão bem-vindas.
Classificação: 2/5 – OK