[Opinião] The Dragon Keeper, de Robin Hobb

4703450Autor: Robin Hobb
Ano de Publicação: 2009
Série: Rain Wild Chronicles #1 | Realms of the Elderlings #10
Páginas: 553

Sinopse: Too much time has passed since the powerful dragon Tintaglia helped the people of the Trader cities stave off an invasion of their enemies. The Traders have forgotten their promises, weary of the labor and expense of tending earthbound dragons who were hatched weak and deformed by a river turned toxic. If neglected, the creatures will rampage–or die–so it is decreed that they must move farther upriver toward Kelsingra, the mythical homeland whose location is locked deep within the dragons’ uncertain ancestral memories.

Thymara, an unschooled forest girl, and Alise, wife of an unloving and wealthy Trader, are among the disparate group entrusted with escorting the dragons to their new home. And on an extraordinary odyssey with no promise of return, many lessons will be learned–as dragons and tenders alike experience hardships, betrayals . . . and joys beyond their wildest imaginings.

 

Opinião: Agora que já perdi as esperanças de voltar a ter livros de uma das minhas escritoras preferidas em português (a SdE confirmou no seu Facebook que não está nos seus planos publicar livros da Robin Hobb num futuro próximo – nem longínquo, digo eu), deixei de ter quaisquer problemas em me aventurar na leitura dos seus livros no original. The Dragon Keeper é o primeiro de uma série de livros que decorre no mesmo universo das séries publicadas em Portugal, apesar de a relação com as mesmas ser muito ténue. É mais uma continuação da trilogia Liveship Traders, até porque se inicia em termos cronológicos mais ou menos quando aquela termina, e aborda a temática já aí explorada do regresso dos dragões.

À semelhança do que vimos na trilogia Liveship Traders, também aqui a autora narra a história segundo a perspetiva de várias personagens, deslocando a espaço físico da narrativa para o Rain Wild River, onde os dragões eclodiram e onde existe muita expectativa acerca do que poderão fazer. Contudo, devido a todas as condicionantes do processo, os dragões estão muito longe do que se esperava e uma viagem para norte, rumo à cidade que eles recordam ter pertencido aos seus antepassados, promete uma vida mais consentânea com os seus desígnios. 

Os dragões necessitam de escolta, os tais dragon keepers, e é aí que entram Thymara e Alise. Thymara é uma jovem Rain Wild que, segundo a tradição, deveria ter sido deixada para morrer à nascença por estar marcada por garras e escamas; Alise é filha de um comerciante menor de Bingtown, estudiosa de dragões, cujo maior desejo é poder estudá-los e registar um momento tão importante na história, como seja o seu ressurgimento. Ambas vivem com as suas inadaptações: Thymara luta contra uma mãe que a rejeita pelas suas deficiências, Alise contra um casamento sem amor em que decidiu participar para prosseguir o seu sonho.

Este livro é claramente introdutório, até porque originalmente era apenas a primeira metade de um livro maior, que a autora decidiu dividir por ser bastante longo. O ritmo é algo lento (mesmo tendo em conta os padrões da Robin Hobb), focando-se a autora em apresentar estas personagens e em construir as bases de um enredo que se adivinha muito interessante. E não há dúvida que é exímia nisso, proporcionando ao leitor múltiplos pontos de vista: para além das duas personagens principais que referi, vamos ainda tendo vislumbres da vida dos dragões, através da rainha Sintara, e da vida a bordo de um barco no rio Rain Wild, pelo seu capitão Leftrin.

Acho que é um livro que agradará aos fãs da autora, que vale pela história que promete, pela escrita envolvente e por algumas personagens reencontradas da trilogia Liveship Traders. Para continuar a seguir.

Classificação: 4/5 – Gostei Bastante

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.