Na altura em que comecei a ler Beauty, da Robin McKinley, estava também a começar um jogo no Facebook que se chama “Disney Hidden Worlds”, que é um jogo de hidden objects em que os cenários são vários filmes da Disney. Aquele que inicia o jogo é precisamente Beauty and the Beast, e por isso já eram duas coisas ao mesmo tempo relacionadas com esta história, o que vi como um sinal dos deuses para finalmente pegar em mim e ver o famoso filme de animação de 1991, que não sei por que motivo nunca tinha visto.
Belle é uma jovem inteligente e sonhadora, que se vê presa num ambiente campestre, onde vive com o pai, e adora os seus passeios à aldeia mais perto para ir buscar mais livros para ler. Os livros permitem a Belle viajar para outros mundos e achar que a vida deve ter mais para oferecer do que as rotinas do seu dia-a-dia e a atenção por parte do fanfarrão Gaston. Quando o seu pai, um inventor, pretende ir a uma feira de inventos e se perde pelo caminho, dá de caras com o misterioso castelo do Monstro, onde entra para fugir a lobos e para recuperar forças. Mas o Monstro não gosta da intromissão e prende-o nas suas masmorras; quando Belle procura o pai e o encontra preso oferece-se para ficar no seu lugar e o resto é história.
Tenho a certeza que o visionamento deste filme nesta altura da minha vida não teve o mesmo impacto que teria se o tivesse visto quando saiu, mas ainda assim achei-o uma adaptação bem conseguida deste conto de fadas tradicional, cuja versão mais famosa é a de Jeanne-Marie Leprince de Beaumont. Tinha dispensado as partes musicais, porque não é uma componente em filmes que aprecie particularmente, mas também não me incomodou assim tanto. Gostei muito da nuance de ver os empregados do Monstro transformados em utensílios e mobiliário, onde se encontram os comic reliefs do filme. E claro, adorei a gigantesca biblioteca do Monstro 🙂
O balanço foi bastante positivo. É uma boa história, que chama a atenção para a beleza interior, aqui contada de forma a agradar a miúdos e graúdos. Valeu a pena.