Autor: Susanna Kearsley
Ano de Publicação: 2013
Série: Slains #2
Páginas: 544
Compelled to know more, Nicola follows a young girl named Anna into the past who leads her on a quest through the glittering backdrops of the Jacobites and Russian courts, unearthing a tale of love, courage, and redemption.
Opinião: Sophia’s Secret foi a minha leitura preferida de 2013. Quando o terminei de ler, tive vontade de ler todos os livros da Susanna Kearsley de seguida, em especial The Firebird, que é a sua sequela. A bem dizer, “sequela” talvez não seja a palavra mais adequada, uma vez que este livro não é uma continuação de Sophias’s Secret, cuja história tem uma conclusão satisfatória e sem pontas soltas. Pareceu-me que The Firebird nasceu da vontade da autora contar a história de algumas personagens que apareceram em Sophia’s Secret e é por isso que uma das protagonistas deste livro é Anna, que tínhamos conhecido anteriormente em criança. Portanto, se leram Sophia’s Secret não têm necessariamente de ler The Firebird; se quiserem ler The Firebird isoladamente também o podem fazer, mas isso retirará alguma da emoção das revelações-chave em Sophia’s Secret.
À semelhança do livro anterior, também The Firebird tem duas linhas temporais, uma no passado (inícios do século XVIII) e outra no presente. Nicola Marter, a protagonista do presente, tem uma habilidade especial: quando toca num objeto consegue “ver” a sua história passada, as pessoas que lhe tocaram e as situações que “presenciou”. A desconfiança normal em relação às capacidades psicométricas leva Nicola a esconder esta sua característica e a não deixar que interfira com o seu trabalho numa empresa que transaciona obras de arte. Quando o patrão recebe a visita de uma mulher que tenta vender um objeto que diz ter sido oferecido a uma sua antepassada pela Imperatriz Catarina I da Rússia, Nicola toca no objeto – o Firebird a que o título se refere – e tem um flashback onde vê a Imperatriz e Anna, a antepassada da dona do mesmo. Esta visão é o ponto de partida para uma demanda que vai da Escócia a São Petersburgo, em que Nicola, com a ajuda de Rob, um polícia que tem habilidades semelhantes, procura pistas que provem a origem do objeto. E é assim que as visões dos dois vão proporcionando ao leitor um regresso ao passado e ao que foi a vida de Anna após ter ficado a morar perto do Castelo de Slains, na Escócia, enquanto no presente Nicola vai aprendendo a aceitar quem é e o que pode fazer.
Tenho de dizer que este livro não me cativou tanto como Sophia’s Secret, mas isso era algo que eu, à partida, já esperava depois de ter gostado tanto daquele livro. Há coisas muito boas em The Firebird, e outras que desiludem por perderem com a comparação. Só me senti realmente “dentro” da história no último terço, quando foi difícil parar de ler. Li o que veio antes sempre com interesse, e fiquei contente por reencontrar algumas personagens, mas não achei que o entrelaçar entre as duas linhas temporais tivesse sido tão bem conseguido como no livro anterior ou que tivesse parecido tão natural. A protagonista do presente, Nicola, e os seus dilemas também falharam muitas vezes em me convencer plenamente.
Contudo, The Firebird apresenta várias características que me cativaram no primeiro livro que li da Susanna Kearsley: bem escrito, com uma boa conjugação dos elementos históricos com os elementos ficcionais (destaque para uma nota final interessantíssima em que a autora explica o que é ou não facto na sua história), e com momentos emocionais muito fortes, especialmente no final. Isto apesar de ter adivinhado bastante cedo uma das revelações que a autora reservava para o fim.
Portanto, e apesar de ter tentado baixar as expectativas em relação a esta leitura, acabou por me desiludir um bocado quando comparado com Sophia’s Secret. Mas o livro teve muitas coisas que me agradaram e, por isso, acabou por me ficar na memória. Recomendo.
Classificação: 4/5 – Gostei Bastante