Autor: Sarah Addison Allen
Ano de Publicação: 2014
Páginas: 296
Opinião: Depois do conto introdutório, parti para a leitura de Lost Lake com bastante entusiasmo e vontade de recuperar a magia que senti quando li outros livros desta autora. No início do livro, vamos encontrar Kate Pherys um ano depois de Waking Kate, a “acordar” depois de um período em que não viveu, sobreviveu. Kate deixou que a sogra tomasse as rédeas da sua vida e decidisse que ela e a pequena Devin iriam mudar para a sua casa. Mas no dia da mudança Kate encontra no sótão um postal antigo da sua tia-avó, Eby, que já não via desde os seus 12 anos, quando passou um verão em Lost Lake, uma propriedade de turismo rural. Num impulso, Kate decide visitar Eby e recordar um dos melhores verões da sua vida.
Em Lost Lake, Kate encontra uma Eby com os braços em baixo, prestes a vender a propriedade por querer viajar e precisar de dinheiro para tal. Mas encontra também um conjunto de pessoas ligadas a Lost Lake, clientes habituais que querem despedir-se de um local que marcou as suas vidas. E ainda Wes, o rapaz que a acompanhou na exploração de Lost Lake há tantos anos e que entretanto se tornou um homem marcado pela perda.
Em linhas gerais, o enredo gira à volta da iminente venda de Lost Lake e da nostalgia que as personagens sentem em relação aos bons momentos lá passados. Mas é também uma história de segundas oportunidades, de seguirmos o caminho que achamos certo para nós, de deixarmos uma culpa que não nos pertence. A grande maioria das personagens carrega dentro dela alguma forma de angústia, e todas elas desejam ver-se livre do fardo. Foi por isso que achei este livro um pouco mais pesado, apesar da mensagem geral de esperança.
Acho que vou gostar sempre dos livros da Sarah Addison Allen, porque gosto da forma como ela escreve e normalmente são leituras agradáveis. Contudo, este livro ficou um bocado aquém das expectativas. Gostei na mesma da escrita e de partes da história, mas achei que a multiplicidade de personagens e de pontos de vista não deixou espaço ao seu conveniente desenvolvimento. E lamento, mas não achei piada ao aligátor, que, como várias outras coisas neste livro, peca pela previsibilidade. Infelizmente, não fiquei com aquela sensação de conforto quando terminei esta história. Portanto, não sendo um mau livro, já li bem melhor desta autora. Aguardo pelas próximas publicações.
Classificação: 3/5 – Gostei