Autores: Selma Lagerlöf e Gustave Flaubert
Títulos Originais: The Legend of the Christmas Rose (1909), La Légende de Saint Julien l’Hospitalier (1877)
Série: Biblioteca de Verão #4
Editora: Rosto Editora
Páginas: 63
ISBN: 9789898520050
Tradutor: Maria Franco
Origem: Comprado
Opinião: Este é o último livro que tenho para ler desta coleção, que acabei por não comprar na sua totalidade. Ambos os contos têm raízes em lendas antigas e apresentam elementos fantásticos.
A Lenda da Rosa, de Selma Lagerlöf
Nunca tinha lido nada desta escritora sueca, que foi a primeira mulher a vencer o Prémio Nobel da Literatura, em 1909. Este conto foi, sem dúvida, uma boa apresentação. Um salteador vive na floresta com a sua mulher e cinco filhos; por medo de ser preso, é a mulher que tem de se deslocar às localidades mais próximas para mendigar. Numa dessas visitas, a mulher depara-se com um belo jardim dentro de um convento, mas diz ao abade local que, na floresta, existe um jardim muito mais belo que só floresce uma vez por ano. A troco de uma espécie de indulto para o marido, a mulher acaba por acordar com o abade do convento mostrar-lhe o jardim do Natal. Assim, quando essa época chega, o abade e um irmão rumam à floresta e assistem a um espetáculo memorável da Natureza, cuja descrição, juntamente com a escrita, é o ponto alto deste conto. A moral religiosa do conto acabou por não me cativar por aí além, mas sem dúvida que a leitura valeu a pena. – 3/5
A Lenda de S. Julião Hospitaleiro, de Gustave Flaubert
Mais uma estreia para mim, que nunca tinha lido nada deste escritor francês. Este conto é uma versão da história deste santo que viveu na Idade Média, e o tema é, sobretudo, a redenção. Julião nasceu numa família fidalga e demonstrou, desde cedo, tendências violentas e, à conta disso, é-lhe feita a profecia de que acabaria por matar os pais. Esta profecia leva-o a percorrer o mundo, numa tentativa de esquecer e fugir ao destino, mas como se pode imaginar este acaba por ir ao seu encontro de qualquer modo. A parte final do conto mostra um Julião à procura de redenção e, finalmente, a encontrá-la. Mais uma vez, a história está repleta de moral e valores cristãos e isso decididamente não me fascina, mas acaba por ser uma história interessante e bem escrita. Deixou-me com curiosidade para ler mais do autor. – 3/5
Foram duas boas leituras e que tiveram o mérito de me fazer ter vontade de ler mais dos respetivos autores. Penso também que, ao contrário de outros volumes da coleção que tive oportunidade de ler, ambos os contos se adequam bem à temática proposta.
Clasificação: 3/5 – Gostei