[Opinião] A Morte de Lorde Edgware, de Agatha Christie

7144723Autor: Agatha Christie
Título Original: Lord Edgware Dies (1933)
Editora: RBA Coleccionables
Páginas: 238
ISBN: 9788447359103
Tradutor: Tânia Ganho
Origem: Comprado

Sinopse: A famosa actriz Jane Wilkinson pede a Poirot que a ajude a obter o divórcio do marido, Lorde Edgware. O pedido é afinal desnecessário dado que, poucos dias depois, Lorde Edgware é assassinado com um canivete espetado na nuca. Novas mortes dificultam a investigação.

Opinião: Volta e meia sabe-me bem voltar à Rainha do Crime. Por esta altura, já li uma quantidade considerável dos seus livros (apesar de estar bem longe de os ter lido todos) e, apesar de já saber mais ou menos o que esperar em termos de estilo, é notável a capacidade que Agatha Christie tem para me supreender com os seus enredos intrincados e os seus finais inesperados.

Desta vez, a vítima é Lorde Edgware. No início da história, a mulher de Edgware, uma famosa atriz de seu nome Jane Wilkinson, procura Poirot para a ajudar a convencer o marido a conceder-lhe o divórcio. Poirot chega a falar com Edgware, que pouco tempo depois aparece morto. As pistas são poucas e os factos conhecidos estranhos, ou pelo menos estranhos para Hastings, o narrador e fiel companheiro do detetive belga. Alguns dos livros de Agatha Christie que li são narrados por Hastings e gosto bastante desta particularidade, porque me revejo nele; aliás, penso que esta personagem retrata um pouco da variedade de pensamentos e deduções que percorrem a mente do leitor, normalmente bastante afastadas da realidade e do que Poirot já deduziu.

A narrativa desenvolve-se a um ritmo alucinante; novos acontecimentos – incluindo novas mortes – vão baralhando e distribuindo de novo as cartas, levando o leitor numa viagem cheia de percalços e suspeitas, que muito dificilmente corresponderão ao brilhante desenlace final. Fiquei surpreendida com a identidade do suspeito e deliciada com a forma como a autora ata todas as pontas soltas deste caso. A única coisa que não apreciei tanto neste livro foi a forma, por vezes exasperante, como Poirot vai fazendo as suas deduções sem revelar nada ao leitor. De resto, gostei muito do livro. Agatha Christie nunca me desilude, é isto. 

Classificação: 4/5 – Gostei Bastante

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.