Autor: Robin Hobb
Ano de Publicação: 2000
Série: Liveship Traders #3 | Realms of the Elderlings #6
Páginas: 903
ISBN: 9780006498872
Opinião: Se não tiver em conta as versões divididas das edições portuguesas, demorei 9 livros da Robin Hobb para perceber uma coisa: estou francamente apaixonada pelo livros dela. Não é daquelas paixões que nos levam a ler todos os livros de um autor de enfiada, quase sem tempo para respirar, não. É uma paixão que me leva a vida real para bem longe quando leio estes livros, aquelas histórias que ficam agarradas a nós mesmo quando não estamos a ler. É aquela vontade de prolongar o prazer da leitura, de ir deixando coisas daquele autor por ler para termos sempre algo novo em que pegar. Valorizo ainda mais a ligação intensa com esta autora porque me é cada vez mais difícil encontrá-la no meio de tudo o que vou lendo. E não foi uma coisa repentina, foi algo que se foi insinuando, aos pouquinhos, desde que a li pela primeira vez, em 2009.
O que me agradou então continua válido: considero Robin Hobb é uma excelente escritora. Não só a nível técnico propriamente dito, mas por toda a capacidade em construir personagens que nos dizem algo, com as quais nos identificamos. A título de exemplo, não foram raras as vezes em que dei por mim, neste livro, a gostar do vilão da história, apesar de várias ações deploráveis e de torcer para que a sua história acabasse mal. Praticamente todas as personagens têm coisas boas e coisas más, histórias de vida interessantes, coisas importantes para dizer e muita margem de progressão.
Ship of Destiny inicia-se exatamente onde Mad Ship termina e traz-nos novas e incríveis revelações. Percebemos finalmente a ligação entre os liveships e os dragões e ficamos a par de revelações inesperadas no que respeita ao passado de algumas personagens principais. E percebi finalmente a identidade de uma delas – um laço forte entre esta trilogia e as histórias do Fitz – numa altura em que provavelmente já todos os leitores tinham chegado a essa conclusão.
Este último volume da trilogia está repleto de ação, de revelações e de jogadas políticas, mas há muito espaço para respirar e para conhecer ainda melhor todas estas personagens. É tão rico a nível de detalhes, de contexto, de sentimentos. E depois tem liveships, criaturas adoráveis. Já deu para perceber que adorei, não é? Só fiquei com pena – e acho que já disse isto – de ter lido antes a trilogia Tawny Man (a segunda do Fitz), que em termos cronológicos é posterior a esta e tem vários pontos de contacto, alguns deles importantes.
Portanto, está visto que esta trilogia está mais do que recomendada. Achei simplesmente fabulosa.
Classificação: 5/5 – Adorei