No seguimento disto, ainda me sobraram livros para dar. Decidi doá-los às BLX (rede de bibliotecas de Lisboa) e assim dirigi-me à Biblioteca das Galveias, a que costumo frequentar, para perguntar como é que o processo se desenrolava. A senhora que questionei disse que agora só aceitavam um limite de 25 livros – não escolares – porque andavam em mudanças. Quando perguntei se não era preciso preencher um papel qualquer, disse-me que não, que era só levá-los e pronto. Achei um bocado estranho, pricipalmente a história do limite. O que é que me impedia de levar 25 num dia, no dia seguinte mais 25 e por aí em diante?
Bem, lá escolhi os 25 livros, todos oferecidos por editoras, portanto recentes, e em estado impecável. Hoje dirigi-me à biblioteca com 2 sacos enormes, e qual não é o meu espanto quando a senhora que me atendeu (outra) me diz que o que me tinham dito não era nada assim, que as doações eram tratadas por um serviço que funcionava por telefone, que verificava se os livros para doar “interessavam” e tratava de os distribuir pelas várias bibliotecas. Fazendo um grande favor, lá me ficou com os livros e disse que ia tratar do assunto. Para começar, acho lamentável não saberem informar as pessoas devidamente. Depois, e mesmo sabendo que as bibliotecas têm espaço limitado para livros e que faz sentido alguma filtragem, pergunto-me se estas bibliotecas não poderiam reencaminhar livros doados que não quisessem para outro tipo de instituições. Falo com base na (pouca) informação que tenho sobre a forma como as doações são tratadas, por isso se tiverem algum dado a acrescentar, fico agradecida.
A verdade é que não fiquei com muita vontade de voltar a doar livros a bibliotecas.