Autor: Gonçalo M. Tavares
Editora: Escrit’orio Editora
Páginas: 9
Contos Digitais: #8
Origem: Gratuito online
Opinião: De todos os autores que participaram nesta iniciativa dos contos DN, Gonçalo M. Tavares era dos que mais ansiava por finalmente conhecer, tendo em conta que tenho “Jerusalém” por ler há uns tempos, mas como tantos outros tem estado a aguardar pacientemente a sua vez. Não posso dizer que me tenha desiludido, mas estava à espera de um pouco mais.
O conto foca-se em Vass Kartopek, um homem avesso à vida citadina, que se vê subitamente acometido por uma série de manchas na cara. Um médico que consulta acalma-o dizendo-lhe que não tem nenhuma doença grave. Mas as manchas alastram, e Vass sente-se cada vez mais excluído e volta a consultar o médico, que novamente lhe diz que fisicamente não tem qualquer problema. A moeda que dá título ao conto é a moeda que Vass oferece ao médico para agradecer a consulta – mas é também, pareceu-me, um símbolo da tentativa de integração da personagem principal na sociedade que lhe é alheia, por contraposição às manchas na cara, que o afastam dessa mesma sociedade, apenas preocupada com as aparências.
Gostei do estilo direto da prosa de Gonçalo M. Tavares, mas a história não me cativou por aí além. Fica a vontade de conhecer narrativas mais longas de sua autoria.
Classificação: 3/5 – Gostei