Autor: Cristina López Barrio
Título Original: La Casa de los Amores Imposibles (2010)
Editora: Clube do Autor
Páginas: 396
ISBN: 9789899711617
Tradutor: Ângelo dos Santos Pereira
Origem: Comprado
Opinião: A Casa dos Amores Impossíveis é uma saga familiar que se inicia na Espanha de finais do século XIX e acompanha os membros da família Laguna ao longo de várias décadas. As Laguna – digo “as” porque é uma família de mulheres – são conhecidas na sua pequena aldeia pela maldição que as marca há várias gerações, e que as faz sofrer por amor e, por consequência, ter filhas bastardas. A maldição é-nos apresentada com Clara Laguna e vai continuando presente na família até um acontecimento que promete mudar o destino desta família.
Com as devidas diferenças, enquanto lia este livro só me lembrava do Cem Anos de Solidão, pelo facto de ser uma saga familiar e uma história cheia de características do realismo mágico, em especial os pequenos elementos imaginários que vão surgindo no ambiente que rodeia as personagens e que são tidas como verdadeiras no contexto do livro. E, tal como o livro de García Márquez, as personagens são marcadas pelo destino, normalmente trágico. Contudo, este livro não me cativou tanto… A história em si tem interesse, mas com uma excepção (Olvido) nunca senti propriamente grande simpatia pelas personagens que foram desfilando pelo livro. A leitura arrastou-se ao longo de duas semanas (muito, para mim) porque não senti grande entusiasmo para continuar.
É um livro por vezes demasiado estranho, noutras algo trágico. Não posso dizer que tenha adorado, mas houve partes que verdadeiramente me cativaram e que achei deliciosas. No que diz respeito à escrita, apesar de achar que a autora tem bastante imaginação e um bom domínio da língua, por vezes cansei-me de tantas metáforas, algumas delas um pouco exageradas para o meu gosto. O final apresenta uma surpresa agradável, e um desfecho que me pareceu adequado.
Foi um livro de que gostei, apesar de ter ficado um pouco aquém das minhas expetativas. Está bem escrito, apesar de num estilo muito próprio, e provavelmente irá agradar aos fãs do realismo mágico.
Classificação: 3/5 – Gostei