Autor: Philip K. Dick
Título Original: Minority Report (1956)
Editora: Editorial Presença
Páginas: 85
ISBN: 9722329545
Tradutor: Saul Barata
Origem: Empréstimo
Opinião: Este pequeno livro, que na realidade contém apenas o conto que lhe dá nome, foi trazido da biblioteca num dia em que decidi ir lá dar uma volta, sem intenções de requisitar o que quer que fosse. Nunca tinha lido nada deste autor, apesar de o seu nome ser bastante conhecido no género da ficção científica e de ter ficado com curiosidade em ler O Homem do Castelo Alto, que teve recentemente uma nova edição da Saída de Emergência.
Em linhas gerais, este conto decorre numa sociedade futurista na qual existe uma instituição, a Precrime, que utiliza as capacidades de previsão do futuro de precogs (seres humanóides/mutantes) para prever crimes e evitar que aconteçam. A actividade desta instituição permitiu reduzir os assassínios praticamente em 100%, sem terem deixado de gerar controvérsia pelo facto de se estarem a punir pessoas antes de estas cometerem qualquer crime. Cada precog gera a sua própria previsão do futuro; se, dos três, houver um que faça uma previsão diferente, essa previsão constitui um relatório minoritário, sendo a previsão coincidente dos outros dois o relatório maioritário, tido como a previsão com mais probabilidade de ocorrer.
É neste contexto que encontramos John Anderton, o criador da Precrime, a receber um jovem assistente que começará a trabalhar com ele com o intuito de o substituir uma vez que ele se reforme. No mesmo dia, John Anderton descobre o seu nome num dos cartões que dão os nomes dos futuros homicidas. Mas será que ele vai mesmo cometer um crime, ou tudo não passa de uma conspiração?
Gostei muito da premissa deste conto e de todas as questões morais que levanta, bem como a reflexão que traz sobre a inevitabilidade do nosso destino. Contudo, tive pena que este conto não fosse uma narrativa mais longa e que, por vezes, me parecesse descrever os acontecimentos de forma demasiado apressada. Mas tirando isso, gostei da história e fiquei interessada em ler mais coisas do autor.
Uma nota final para o facto de ter visto a adaptação cinematográfica de 2002, de que me lembro de ter gostado. Como já não me lembrava de muitos detalhes, uma breve pesquisa revelou-me que existem diferenças significativas. Penso que vale a pena tanto ver o filme como ler o conto.
Classificação: 3/5 – Gostei