Autor: David Safier
Título Original: Mieses Karma (2007)
Editora: Planeta Manuscrito
Páginas: 280
ISBN: 9789896571467
Tradutor: Artur Costa e Emília Ferreira
Origem: Empréstimo
Opinião: Este é daqueles livros que me teria passado completamente ao lado se não tivesse lido várias opiniões positivas em vários blogues. Junte-se a estas uma sinopse curiosa e a promessa de uma leitura divertida, e foi com agrado que descobri que estava disponível na biblioteca e o trouxe comigo.
Maldito Karma é um livro contado na primeira pessoa por Kim Lange, uma famosa apresentadora de TV na Alemanha, bastante ambiciosa em termos profissionais e com a vida familiar presa por arames, devido ao tempo que dedica ao emprego e ao desgaste do seu casamento. No dia em que comparece a um importante evento de prémios televisivos, Kim é atingida por um urinol de uma estação espacial (!) e morre. Mas, devido às suas más ações e ao pouco karma acumulado, Kim não tem direito ao descanso eterno: em vez disso, reencarna no corpo de uma formiga, sendo incumbida de praticar boas ações de modo a poder ganhar karma e reencarnar em animais mais robustos. Enquanto está na forma de animal, Kim tem oportunidade de observar o evoluir do dia-a-dia das pessoas que deixou para trás e refletir sobre a sua importância e o que deixou por fazer.
Trata-se de uma história com elevada dose de bom humor – algumas passagens fizeram-me rir a bom rir -, mas que não deixa querer passar uma determinada mensagem. A ideia principal é, parece-me, que as boas ações são recompensadas pelo que o destino nos reserva, sendo o garante de um final feliz. Apesar de tentar reger a minha vida por aquilo que considero serem boas ações, a verdade é que tenho dificuldade em “engolir” a moral desta história, porque basta olhar à minha volta para perceber que a realidade é muito mais cruel do que isto. No entanto, colocadas estas questões de lado, é um livro bastante divertido e que, dentro do objectivo a que se propõe, funciona muito bem.
Trata-se de um livro engraçado, de leitura leve, que se conclui num ápice, e do qual, apesar da minha ressalva, se retira a vontade de ser um pouco melhor.
Classificação: 4/5 – Gostei Bastante