Autor: Ken Follett
Título Original: The Pillars of the Earth (1989) — 2.ª metade
Editora: Editorial Presença
Páginas: 609
ISBN: 9789722338196
Tradutor: Alice Rocha
Origem: Comprado
Opinião: Depois da boa impressão causada pelo primeiro volume, parti à descoberta do segundo, com o qual ainda me surpreendi e muito. Os Pilares da Terra (Vol. II) é uma continuação fascinante, onde, a cada página volvida, o interesse da estória se vai intensificando. Como consequência do meu (enorme) deleite, preparo-me para adquirir a saga Um Mundo Sem Fim, de Ken Follett.
A acção deste volume ocorre entre 1140 e 1174. Apesar das disputas pelo trono da Inglaterra continuarem, agora, a estória tem, sobretudo, como pano de fundo, a aldeia de Kingsbridge, onde a construção de uma catedral vai ter graves e grandes implicações na vida das muitas personagens. No seio desta iniciativa está vincada a dicotomia que marca toda a obra: de um lado, encontramos o Bem, onde, apesar de alguns defeitos/imperfeições, se encontram Jack, Ellen, Aliena; do outro o Mal, representado por William, Waleran ou Walter, para quem tudo vale em nome dos seus interesses pessoais.
Ao longo dos vários capítulos, vamos saltitando entre o Presente e o Passado da vida das personagens, cujos caminhos, por mais tortuosos que sejam, acabam sempre por se cruzar. A trama é marcada por um misto entre a fome pelo poder e o desejo de fazer mais e melhor pelos outros, sendo que muitos acontecimentos apelam ao lado mais emocional do leitor. Graças a descrições vivas e extremamente realistas, o leitor sente-se mais próximo das personagens e mais facilmente se identifica com elas ou as repugna. Aliás, diga-se, um dos grandes aspectos positivos de Os Pilares da Terra é a forma como, psicologicamente, as personagens são trabalhadas e aprofundadas.
Nunca pensei que a obra de Ken Follett me marcasse tanto. Sinto que ainda estou a reviver, e a absorver, alguns dos momentos lidos. A sua escrita simples e a sua vivacidade cativaram-me por completo e, graças a elas, esta saga é já uma das minhas preferidas. No final de mais de 1000 páginas, fiquei com a sensação de que a obra não se tinha esgotado. A cada página, a cada capítulo, o interesse renovou-se, porque o autor soube delinear uma história plausível, recheada de novidades, de surpresas, de suspense e onde, ainda assim, no final, a felicidade, com contornos diferentes (e insuspeitos) para cada personagem, impera. – Cristina
Classificação: 5/5 – Adorei