Autor: Agatha Christie
Título Original: Murder on the Orient Express (1934)
Editora: RBA Coleccionables
Páginas: 236
ISBN: 9788447359011
Tradutor: Alberto Gomes
Sinopse: Em pleno Inverno, Poirot encontra-se em Istambul, decidido a tomar o Expresso do Oriente. Depois de uma noite mal passada, a sua tranquilidade é perturbada quando uma tempestade de neve obriga o comboio a parar e aparece o cadáver de um passageiro brutalmente apunhalado.
Opinião: Motivado por quem a leu e só lhe tem guardado enormes e positivos elogios, não resisti muito tempo e li avidamente, como só devem ser lidos os livros dela, o meu primeiro livro da Agatha Christie, o belíssimo Um Crime no Expresso do Oriente.
Há algum tempo, andei entusiasmado pelas histórias policiais de Sherlock Holmes, histórias essas a que tenho de regressar brevemente. Acho que ler policiais entretém bastante e é quase sempre garantia de boa leitura, pelo menos os livros mais clássicos, já que nos últimos anos tem vindo a proliferar o policial estilo Dan Brown, o qual não aprecio minimamente.
Quando peguei no livro da Agatha Christie recordei esse mesmo entusiasmo que tive aquando da leitura dos livros de Conan Doyle; também aprecio os policiais de Edgar Allan Poe, embora sejam um estilo diferente destes dois escritores. Reconheci a história que envolve misteriosamente o leitor, levando-o a querer saltar linhas e capítulos apenas para descobrir o desenlace final.
A sinopse deste livro é por demais conhecida: Hercule Poirot vai-se confrontar, na altura em que menos queria, com um assassinato no famoso comboio Expresso do Oriente, tornando-se a sua nova missão tentar desvendar o assassino. Existe uma coisa curiosa neste livro, temos quase sempre a sensação de que Poirot já sabe quem é o assassino, mas, e aqui vê-se a genialidade da autora, nunca conseguimos imaginar quem o seja, nem o próprio Poirot insinua qualquer coisa, ficando o leitor sempre com a sensação de que o “caso” está nas melhores mãos; implicitamente, a autora quase nos convida a confiar nos instintos do detective.
O livro está dividido em 3 partes: os factos, no qual vamos conhecendo o que aconteceu, os depoimentos, onde a autora nos convida a adivinharmos o assassino e depois a conclusão final, que nos surpreende, tudo isto com uma escrita simples e sem reviravoltas. Aqui nenhuma palavra está mal escrita e não existe espaço para o verbo “encher”, como vemos em muitos outros livros do género. Por algum motivo este livro é um verdadeiro clássico, a sua qualidade intemporal leva a ser considerado dos livros mais importantes na história da literatura, ficando o leitor com vontade de voltar a ler livros da mesma escritora. – Ricardo
Classificação: 5/5 – Adorei