Autor: Ken Follett
Título Original: The Pillars of the Earth (1989) – 1.ª metade
Editora: Editorial Presença
Páginas: 504
ISBN: 9789722337885
Tradutor: Alice Rocha
Origem: Comprado
Opinião: Impelida pela transmissão da série televisiva, comecei, finalmente, a ler Os Pilares da Terra, de Ken Follett, que, há muito, faziam parte da minha lista de pendentes. Desconhecia, até à data, a escrita do autor, mas a sua obra tinha-me chamado a atenção depois de várias críticas que li. Os Pilares da Terra são compostos por dois volumes: para já, o primeiro correspondeu em pleno às expectativas. É interessante, realista, surpreendente e transporta-nos a um mundo fabuloso na Idade Média, época que sempre me apaixonou.
Apesar da narrativa se iniciar em 1123, a acção é estendida até 1135, altura em que, efectivamente, a obra arranca para um conjunto de acontecimentos apaixonantes. Neste primeiro volume, o pano de fundo da acção é uma guerra civil, com vista à sucessão ao trono real, mas são, sobretudo, as estórias paralelas, de tão simples e traiçoeiras que são, que dão cor à obra. Nelas encontramos um grupo de personagens maravilhosas, cheias de complexidade, cada qual com um objectivo em mente.
Ao longo dos capítulos iniciais, o autor apresenta-nos vários núcleos: a gente modesta do povo, representada por Tom Pedreiro; o clero simples e lutador, encabeçado pelo Prior Philip, e o com grande ascendente na Realeza e sedento de poder, ilustrado pelos Bispos Henry e Waleran; a Nobreza ora decadente, de que Aliena e Richard são exemplos, ora desejosa de títulos, com a família Hamleigh à cabeça. Até que, inevitavelmente, os caminhos de uns acabam por se cruzar com os de outros. Num ambiente retratado de forma realista q.b., gera-se um verdadeiro turbilhão de sentimentos, onde, a cada surpresa desvendada, o leitor se aproxima cada vez mais das personagens, com as quais se identifica.
Este primeiro volume mostra-nos, por vezes, de forma demasiado vívida, quão cruéis os homens podem ser na busca pelo Poder, mas, também, quantos dão tudo o que têm em nome e pelos outros. No final desta primeira parte, o melhor elogio que posso fazer ao autor, e à obra, é de que sinto que Os Pilares da Terra caminham para se tornarem um dos meus livros favoritos. – Cristina
Classificação: 5/5 – Adorei